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Para Marina, armar população é transferir responsabilidade do Estado

O posicionamento de Marina é uma resposta direta ao que defende seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL)

Marina Silva; candidata fez afirmação em Macapá (AP), onde participou de um comício neste sábado (Antonio Milena/VEJA)

Marina Silva; candidata fez afirmação em Macapá (AP), onde participou de um comício neste sábado (Antonio Milena/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de agosto de 2018 às 12h21.

Brasília - Candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva afirmou neste sábado, 18, que permitir que a população se arme como forma de combater a violência é transferir para os cidadãos a responsabilidade do Estado.

"Não existe essa história de uma população vulnerável que tem 63 mil pessoas assassinadas por ano, de ver que 33 mil jovens são assassinados por ano, dizer que a forma de resolver a violência é a população se armando em legítima defesa", afirmou Marina em Macapá (AP), onde participou de um comício neste sábado. "Desse jeito é transferir para a sociedade, que já está vulnerabilizada, a responsabilidade de fazer aquilo que o Estado deveria fazer", completou.

A candidata deu entrevista para a imprensa local e o áudio foi distribuído por sua assessoria de imprensa.

O posicionamento de Marina é uma resposta direta ao que defende seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL). No debate entre os presidenciáveis realizado pela Rede TV! na noite desta sexta, 17, o deputado federal perguntou à candidata se ela concordava com a necessidade de armar cidadãos.

Os dois protagonizaram o principal embate do programa. Ao ser escolhida por Bolsonaro para responder a uma pergunta, Marina aproveitou a chance e deu uma resposta dura contra uma fala anterior do candidato que minimizou a questão da desigualdade salarial entre homens e mulheres.

"Há um desrespeito com a democracia, com a verdade ao dizer que não se precisa se preocupar porque já está resolvido na CLT. Não está resolvido", disse Marina.

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