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Para executivo da Azul, trem-bala não sairá do papel

Para o presidente da empresa de linhas aéreas, projeto custo duas vezes mais caro do que as estimativas

Na avaliação de Neeleman, as companhias aéreas pouco seriam afetadas pela entrada em operação do trem de alta velocidade (Wikimedia Commons)

Na avaliação de Neeleman, as companhias aéreas pouco seriam afetadas pela entrada em operação do trem de alta velocidade (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 14h21.

Rio de Janeiro - O presidente do Conselho da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, disse hoje não acreditar que o trem de alta velocidade (TAV) entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP) saia do papel. "Acho que não vai sair. Acredito que o custo do projeto é duas vezes mais caro do que as pessoas pensam", afirmou o executivo, que recentemente conversou com engenheiros da Camargo Correa e a Odebrecht.

A previsão feita por Neelman foi uma resposta a questionamentos sobre os impactos que o TAV teria na demanda da ponte aérea entre as duas capitais, durante um seminário sobre aviação. Na avaliação do presidente do conselho, as companhias aéreas pouco seriam afetadas pela entrada em operação do trem de alta velocidade.

"Durante o dia, os voos partem com baixa ocupação. Se o trem bala começar com essa tarifa (valor teto estabelecido pelo governo), as empresas baixariam o preço das passagens e a renda com o transporte ferroviário seria menor do que a esperada", revelou. O executivo defendeu que o montante a ser investido na obra seja utilizado em outros projetos de infraestrutura, como aeroportos.

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