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Para Dilma, governo Temer quer implementar o parlamentarismo

"O golpe pode ser feito por discordâncias políticas. Ora, nós vivemos no regime presidencialista, o chefe de Estado e de governo é um só", completou

Governo: "o golpe pode ser feito por discordâncias políticas. Ora, nós vivemos no regime presidencialista, o chefe de Estado e de governo é um só", completou (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 15h27.

São Paulo - A presidente afastada Dilma Rousseff disse na tarde desta segunda-feira, 18, que o governo interino de Michel Temer pretende implementar o parlamentarismo no país.

"Por trás desse golpe, tem uma ambição muito forte pelo parlamentarismo. No Brasil, todas as transformações ocorreram pelo voto majoritário para presidente. No voto proporcional, há uma imensa quantidade de filtros, oligarquias regionais, filtros de segmentos que fazem com que, na maioria das vezes, o Parlamento no Brasil seja mais conservador que o Executivo", afirmou Dilma durante encontro na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

"É visível quando dizem que o golpe pode ser feito por discordâncias políticas. Ora, nós vivemos no regime presidencialista, o chefe de Estado e de governo é um só. A força advém dos 54 milhões de votos obtidos. No caso do primeiro-ministro, pode receber voto de desconfiança, mas pode dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais. Eles querem o parlamentarismo", acrescentou.

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São Paulo - A presidente afastada Dilma Rousseff disse na tarde desta segunda-feira, 18, que o governo interino de Michel Temer pretende implementar o parlamentarismo no país.

"Por trás desse golpe, tem uma ambição muito forte pelo parlamentarismo. No Brasil, todas as transformações ocorreram pelo voto majoritário para presidente. No voto proporcional, há uma imensa quantidade de filtros, oligarquias regionais, filtros de segmentos que fazem com que, na maioria das vezes, o Parlamento no Brasil seja mais conservador que o Executivo", afirmou Dilma durante encontro na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

"É visível quando dizem que o golpe pode ser feito por discordâncias políticas. Ora, nós vivemos no regime presidencialista, o chefe de Estado e de governo é um só. A força advém dos 54 milhões de votos obtidos. No caso do primeiro-ministro, pode receber voto de desconfiança, mas pode dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais. Eles querem o parlamentarismo", acrescentou.

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