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Para Aloysio, corte no Orçamento é 'conta' da 'farra'

"A farra acabou, a conta chegou", disse o senador Aloysio Nunes Ferreira, que criticou corte em áreas como infraestrutura e educação

 Aloysio Ferreira Nunes: "PT pratica a troca de debate de ideias por porrada nos adversários" (Fernando Moraes/Veja São Paulo)

Aloysio Ferreira Nunes: "PT pratica a troca de debate de ideias por porrada nos adversários" (Fernando Moraes/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 20h27.

Brasília - "A farra acabou, a conta chegou", disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sobre o detalhamento dos cortes orçamentários divulgado hoje pelo governo federal. Para o tucano, o governo excedeu-se nos gastos no período eleitoral, a fim de garantir a eleição da candidata governista, e agora precisa reduzir investimentos.

Aloysio citou a Medida Provisória 503, que será votada amanhã no Senado, para criticar a falta de critérios do governo na aplicação dos recursos públicos. A MP reforça em R$ 30 bilhões o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "São recursos captados pelo Tesouro pela taxa Selic para que o BNDES empreste a juros de pai para filho para as empresas privadas. Isso é uma sangria do dinheiro público", afirmou.

O tucano ponderou que o governo poderia cortar outras despesas sem prejudicar investimentos, como nas áreas de infraestrutura e educação. Ele voltou a criticar a estrutura da administração pública federal, "inchada com 37 ministérios, e a presidente Dilma ainda anunciou mais um", lembrou, em alusão ao Ministério da Micro e Pequena Empresa, ainda em fase de gestação.

As despesas obrigatórias tiveram um corte de R$ 15,762 bilhões, enquanto as despesas discricionárias caíram R$ 36,201 bilhões, conforme anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os ministérios das Cidades e Defesa sofrerão os maiores cortes nominais, de R$ 8,58 bilhões e R$ 4,38 bilhões, respectivamente. Segundo o Ministério do Planejamento, os ministérios do Turismo e Esporte sofrerão os maiores cortes porcentuais.

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