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Para Aécio, panfletos do PT revelam abuso de poder político

"Essa visão patrimonialista do PT, de considerar empresas públicas como seu patrimônio, tem que ter um fim", disse Aécio Neves


	Aécio Neves: críticas ao caso dos panfletos do PT nos Correios
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Aécio Neves: críticas ao caso dos panfletos do PT nos Correios (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2014 às 18h32.

Ipatinga - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB), classificou neste sábado, 20, como abuso de poder político e improbidade administrativa o envio de panfletos da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) a cidades do interior paulista sem os controles internos dos Correios.

O jornal O Estado de S.Paulo revelou que a estatal abriu uma exceção e permitiu o envio de cerca de 4,8 milhões de panfletos sem a chamada chancela - estampa padrão que assegura que o objeto foi postado e enviado corretamente. O Ministério Público que atua no Tribunal de Contas da União pediu a abertura de uma inspeção nos Correios para apurar o caso.

No Vale do Aço mineiro, onde cumpriu agenda pela manhã de carreata pelas ruas das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, no Vale do Aço mineiro, Aécio foi questionado sobre o assunto. "Em primeiro lugar é crime de abuso de poder político e improbidade administrativa. Essa visão patrimonialista do PT, de considerar empresas públicas como seu patrimônio, tem que ter um fim", disse o tucano.

O PSDB já anunciou que vai entrar na segunda-feira, 22, com ação por abuso de poder político no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Dilma pelo uso dos Correios para a distribuição dos panfletos eleitorais.

O coordenador jurídico da campanha tucana, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), fez nesta sexta-feira uma representação na Procuradoria da República do Distrito Federal contra Dilma, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, e o diretor regional da empresa no interior paulista, Divinomar Oliveira da Silva. Sampaio pede que eles sejam processados por improbidade administrativa.

Na sexta, Dilma disse que "se a campanha cometeu equívocos, vai prestar conta". Ela, porém, chegou a classificar o caso de "factoide".

Petrobras

Sobre as suspeitas envolvendo a Petrobras, Aécio cobrou que as investigações não fiquem "apenas nesse ex-diretor Paulo Roberto (Costa)".

"As informações que circulam é que, cada vez mais, chega-se perto da construção ou da cabeça desse núcleo de corrupção", afirmou o candidato do PSDB. "É preciso que as investigações se aprofundem, porque o que fizeram com nossa maior empresa pública é um crime."

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