Para metade dos brasileiros, saída de Temer não resolve crise
De acordo com a pesquisa CNT/MDA, 59,5% dos entrevistados avaliam que a situação política do Brasil está "fora do rumo, mas ainda há esperança"
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 16h23.
Última atualização em 19 de setembro de 2017 às 16h24.
Brasília - Mesmo com a percepção generalizada sobre a crise política no Brasil, quase 50% dos cidadãos brasileiros acreditam que a saída do presidente Michel Temer não solucionará o problema.
É o que mostra pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, 19, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
No momento em que a Câmara aguarda a chegada de uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, 94,3% dos entrevistados avaliam que o País passa por uma crise política.
Desses, porém, 49,9% acreditam que a saída de Temer não resolverá o problema, enquanto outros 41,2% veem o afastamento do presidente como solução para a crise.
De acordo com o levantamento, 59,5% dos entrevistados avaliam que a situação política do Brasil está "fora do rumo, mas ainda há esperança". Já 36,1% das pessoas ouvidas pensam que o cenário está "completamente fora do rumo". Para apenas 2,3% dos entrevistados, a situação está "no caminho certo".
A CNT/MDA ainda consultou os entrevistados sobre as reformas colocadas em discussão na gestão do governo Michel Temer (PMDB).
Segundo o resultado, 80% dos entrevistados acreditam que o governo peemedebista não está fazendo as reformas que o País precisa, contra 13,7% que creem que essas pautas são as necessárias para o Brasil.
Nesse mesmo sentido, a pesquisa mostra ainda que a maioria dos brasileiros ouvidos acredita que Temer não está enfrentando os problemas do País. Esse é a percepção de 59% dos entrevistados. Para outros 30,3%, Temer está enfrentando "apenas alguns problemas", enquanto para 5,8% o presidente enfrenta os "principais problemas".
A 134.ª pesquisa CNT/MDA foi realizada entre os dias 13 e 16 de setembro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades federativas, das cinco regiões. A margem de erro é 2,2 pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança.