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Papa diz que Deus é mais forte do que o mal

O Bispo de Roma também pediu aos pais e educadores que transmitam aos jovens os valores que os façam artífices de um mundo mais justo, solidário e fraterno

Papa Francisco em Aparecida, São Paulo: para o papa, os jovens "são um motor poderoso para a Igreja e para a sociedade". (REUTERS/Stefano Rellandini)

Papa Francisco em Aparecida, São Paulo: para o papa, os jovens "são um motor poderoso para a Igreja e para a sociedade". (REUTERS/Stefano Rellandini)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 12h44.

Aparecida - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira, na cidade de Aparecida do Norte, que os fiéis não percam a esperança e afirmou que embora o "diabo e o mal existam, isso não é mais forte, o mais forte é Deus".

O Bispo de Roma também pediu aos pais e educadores que transmitam aos jovens os valores que os façam artífices de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

Francisco falou essas palavras durante a missa que oficia durante uma manhã fria e chuvosa no santuário mariano de Nossa Senhora de Aparecida, para onde viajou hoje para prostar-se aos pés de Nossa Senhora e pedir pelo êxito da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, além como colocar o povo latino-americano sob a proteção de Nossa Senhora, assim como seu pontificado.

"Hoje, em vista da Jornada Mundial da Juventude que me trouxe ao Brasil, também venho chamar à porta da casa de Maria - que amou Jesus e o educou - para que ajude a todos nós, Pastores do povo de Deus, pais e educadores, a transmitir a nossos jovens os valores que os façam artífices de uma nação e de um mundo mais justo, solidário e fraterno", afirmou.

Francisco acrescentou que para isso é necessário que os homens "mantenham a esperança, se deixem surpreender por Deus e vivam com alegria".


Sobre manter a esperança, o papa disse que embora na vida passemos por muitas dificuldades, "Deus nunca deixa que nos afundemos", e afirmou que embora "o diabo e o mal existam, isso não é mais forte. O mais forte é Deus e Deus é nossa esperança".

O papa Francisco disse que "é verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros".

Para o papa, os jovens "são um motor poderoso para a Igreja e para a sociedade. Eles não só necessitam de coisas. Necessitam sobretudo que lhes proponham esses valores imateriais", assegurou.

O papa argentino pediu que os fiéis vivam com alegria, "já que um cristão é alegre, nunca triste e não pode ser pessimista, não pode ter o aspecto de quem parece fazer o papel de luto perpétuo".

"Se estamos verdadeiramente apaixonados por Cristo e sentimos quanto nos ama, nosso coração se inflamará de tanta alegria que contagiará todos os que vivem a nosso ao redor. Como dizia Bento XVI, discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro", manifestou.


No começo da missa, o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente dos bispos brasileiros, Raymundo Damasceno Assis, agradeceu a presença do papa e disse que visitando o santuário nacional Francisco, visita simbolicamente todo o país, lembrando que este templo foi visitado por três papas, João Paulo II em 1980, Bento XVI em 2007 e agora o primeiro pontífice latino-americano.

O cardeal lembrou a história de Nossa Senhora de Aparecida, disse que a imagem negra, segundo estudiosos, se deve à lama do rio e à fumaça das velas, mas também que o negro é interpretado como uma referência ao sofrimento dos pobres e dos excluídos, especialmente o povo negro na história daqueles anos do Brasil.

"Ver (o negro) na cara da Mãe Imaculada do Senhor empurra continuamente a Igreja a se comprometer com os pobres e por sua vez, que a Igreja seja pobre para evangelizar, já que assim, livre, pode servir ao Senhor e a seu Evangelho", afirmou o cardeal.

O purpurado doou ao papa uma imagem de Nossa Senhora, que Francisco beijou. O pontífice correspondeu com um cálice. 

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