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Pai que acusou padre de abuso é indiciado por extorsão

Segundo o padre, pai teria pedido dinheiro em troca de vídeo em que o religioso faz sexo com uma amiga de sua filha


	Padre: Emilson Soares Corrêa foi afastado de sua função em 23 de novembro do ano passado, depois da denúncia
 (Dan Kitwood/Getty Images)

Padre: Emilson Soares Corrêa foi afastado de sua função em 23 de novembro do ano passado, depois da denúncia (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 22h06.

Rio de Janeiro – A delegada Marta Ferreira Dominguez, responsável pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, decidiu hoje (27) indiciar por extorsão o pai da jovem de 19 anos que filmou uma amiga dela fazendo sexo com o padre Emilson Soares Corrêa.

Em depoimento na delegacia, o padre denunciou o pai da jovem de ter pedido dinheiro em troca do vídeo. Na gravação, aparece o padre mantendo relações sexuais com uma jovem de 15 anos. Ele confessou também que mantinha relações com a de 19, mas apenas a partir do momento em que ela completou 18.

Esse fato não configura crime, mas o padre é acusado de manter relações sexuais com a jovem desde que ela tinha 13 anos. A família também alega que ele passava “a mão nas partes íntimas” da irmã mais nova da jovem de 19 anos. O fato teria ocorrido quando a menina tinha 7 anos, o que é considerado estupro. Ela hoje está com 10 anos.

De acordo com a Deam, as investigações devem terminar até o fim da semana, para, depois, o caso ser enviado ao Ministério Público, quando os acusados podem ser indiciados formalmente.

A Arquidiocese de Niterói informou que vai se pronunciar apenas por meio de notas à imprensa. Na última divulgada, a entidade diz que não há outras denúncias contra o padre Emilson. De acordo com a nota, a família envolvida no caso foi ouvida na Arquidiocese e o padre afastado de suas funções, além de ser orientado a apresentar o caso ao Ministério Publico.

Segundo a arquidiocese, o padre Emilson foi ordenado em 1985 e seu afastamento temporário, depois da denúncia, ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que não há nenhum documento relacionado ao caso tramitando no órgão.

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