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Padilha rebate críticas de Alckmin sobre falta d'água

Candidato do PT rebateu as críticas de que estaria fazendo uso eleitoral da crise do sistema hídrico do Estado


	Alexandre Padilha durante evento do PT no centro de Guarulhos, em São Paulo
 (Georgia Branco/Divulgação)

Alexandre Padilha durante evento do PT no centro de Guarulhos, em São Paulo (Georgia Branco/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h55.

São Paulo - O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, rebateu as críticas do atual governador e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin, de que estaria fazendo uso eleitoral da crise do sistema hídrico do Estado.

"Eleitoral é o que ele está fazendo, matar (o sistema) Cantareira até a eleição", ironizou.

Segundo o petista, Alckmin está vivendo "no mundo da propaganda" e governando sem sensibilidade com relação aos problemas de São Paulo.

As afirmação do petista foram feitas quando ele chegou para uma agenda de campanha, na porta da montadora Ford, em São Bernardo do Campo, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político.

Para reforçar as críticas à crise de água em São Paulo, Padilha destacou que, em sua visita ontem à cidade de Osasco, várias pessoas relataram problemas de falta de água.

O candidato anunciou que uma de suas propostas para o Estado, caso seja eleito em outubro, será a criação de um Pronatec paulista.

Segundo ele, a meta é chegar a dois milhões de vagas de cursos profissionalizantes, ampliar também as Etecs e as Fatecs. "Alckmin criou 40 mil vagas nas Etecs, vou chegar a 80 mil."

Arrecadação

Padilha procurou minimizar a baixa arrecadação de sua campanha, que somou R$ 203 mil. O valor representa 3,3% do que foi declarado por Alckmin e 5,3% do que declarou Paulo Skaf (PMDB), concorrentes diretos do petista.

O tucano recebeu R$ 6 milhões e o peemedebista obteve R$ 3,8 milhões. "Vou achar estranho o dia em que o PT tiver dinheiro sobrando", afirmou Padilha.

E acrescentou que, por outro lado, está "sobrando campanha", reiterando que sente orgulho em estar resgatando o velho PT de porta de fábrica.

Questionado se o baixo desempenho na arrecadação está vinculado às pesquisas de intenção de voto, onde aparece com apenas 5% da preferência do eleitorado, segundo a última pesquisa Ibope, o candidato petista disse que este é o ritmo do partido.

"O PT não paga militância." Padilha informou ainda que o ex-presidente Lula não deve entrar nesta busca por mais recursos para sua campanha. "O papel dele é inigualável, é fazer política, fazer campanha e pedir voto."

O coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff em São Paulo e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), também presente ao ato político de Padilha, evitou comentar a questão da arrecadação da campanha, mas reconheceu que o baixo valor pode ser um problema.

"Evidente que a ausência de recursos é problema em qualquer campanha, mas eu espero que os responsáveis estejam tomando as providências", afirmou. Ele disse ainda não saber se a campanha de Padilha poderá receber ajuda da campanha nacional.

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