MICHEL TEMER E ELISEU PADILHA: Temer admite que pediu ajuda à Odebrecht e Yunes confirma que intermediou “pacote”. Padilha nega tudo /
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 18h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.
Investigação contra Padilha
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de uma investigação contra o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Em depoimento à Procuradoria-Geral, o amigo e ex-assessor de Michel Temer, José Yunes, disse que serviu de “mula” para um pacote de dinheiro que foi destinado a Padilha. O pacote foi entregue em seu escritório pelo doleiro Lúcio Funaro para que fosse retirado pelo ministro. Yunes disse que não sabia do que se tratava a remessa. Padilha também foi citado nas delações de executivos da Odebrecht. Com a investigação, a situação do ministro no governo fica delicada e cresce a pressão para que ele deixe o cargo. Ele ainda não se pronunciou sobre o caso.
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Licença médica
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu licença médica para passar por uma cirurgia para retirada da próstata em Porto Alegre no fim de semana. Ele esteve hospitalizado em Brasília entre segunda e quarta-feira devido a uma obstrução urinária e, logo depois, deslocou-se para o Rio Grande do Sul. Com 71 anos, o ministro sai em licença médica pela terceira vez desde que assumiu, em maio de 2016.
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Presos em Miami
Os doleiros Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, foram presos em Miami nesta sexta-feira. Eles foram os alvos da 38a fase da Operação Lava-Jato, que mirou os operadores do PMDB no Senado. Ambos movimentaram mais de 40 milhões de dólares nos últimos dez anos, período da investigação, mas já atuavam com esquemas da Petrobras desde os anos 80. Como estavam morando nos Estados Unidos, a prisão só foi possível graças a um acordo de cooperação entre os países. Eles foram abordados pela polícia em casa e disseram que estavam com passagens de volta para o Brasil compradas.
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Vaga no Itamaraty
O presidente Michel Temer ainda não decidiu de quem será o posto de novo ministro das Relações Exteriores. O cargo, que deve permanecer com o PSDB, foi deixado à disposição por José Serra, que por problemas de saúde pediu exoneração. O favorito é o também senador Aloysio Nunes (PSDB), mas também são citados como postulantes à vaga o senador Antonio Anastasia (MG) e Tasso Jereissati (CE), além do ex-senador José Anibal. A chance de a vaga ficar com um nome considerado “técnico” é pequena.
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Malafaia indiciado
O pastor Silas Malafaia foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro. O indiciamento ocorreu no dia 16 de dezembro, mesma data em que ele foi levado a depor coercitivamente. A informação é da revista IstoÉ. Malafaia recebeu 100.000 reais de um envolvido na Operação Timóteo, que investiga uma organização criminosa que atuava no desvio de royalties da exploração mineral.