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Pacote de Moro é medida necessária para combate à corrupção, diz Dallagnol

Na avaliação do procurador, é possível observar dificuldades e desafios para a Lava Jato, mas ele considera que é preciso reconhecer avanços

Deltan Dallagnol: coordenador da Operação Lava Jato no MPF defendeu o pacote de Moro (Tomaz Silva/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de abril de 2019 às 11h53.

Última atualização em 1 de abril de 2019 às 11h53.

São Paulo — O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal, defendeu na manhã desta segunda-feira, dia 1º, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, como uma das medidas necessárias para que o combate à corrupção avance no Brasil.

A defesa foi feita durante o evento "Estadão Discute Corrupção", realizado na sede do jornal O Estado de S.Paulo em parceria com o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) para discutir as operações Lava Jato e Mãos Limpas. O ministro Sergio Moro também participa do evento.

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Dallagnol defendeu o pacote de Moro enquanto discorria sobre efeitos da Lava Jato no combate à corrupção e os desafios para que continue exercendo esse papel. "Se queremos continuar avançando, precisamos de reformas, como o pacote anticrime", disse. "É possível, sim, o triunfo do retrocesso, a corrupção sempre contra-ataca", alertou.

Na avaliação do procurador, é possível observar dificuldades e desafios para a Lava Jato, mas ele considera que é preciso reconhecer avanços. "O mais importante dos avanços foi o diagnóstico da grande corrupção brasileira", afirmou.

Dallagnol disse ainda que, sem renovação da política e das práticas políticas, "os sucessos da Lava Jato tendem ao fracasso". Afirmou também que o Poder Judiciário não se sobrepõe ao sistema político. Além disso, declarou que execução provisória da pena é necessária para que delação não fique só no papel.

De qualquer forma, Dallagnol destacou o resultado das urnas em 2018 e disse que a renovação política não ficou só no desejo, mas foi para a prática, contrariando as previsões de analistas políticos.

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