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Pacientes internados mais que dobram em hospitais particulares de SP

As internações por covid-19 mais do que dobraram em ao menos três hospitais privados de São Paulo na comparação com o final do ano passado

No Hospital Israelita Albert Einstein, a alta foi de 707% (Kacper Pempel/Reuters)

No Hospital Israelita Albert Einstein, a alta foi de 707% (Kacper Pempel/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de janeiro de 2022 às 08h30.

Com o espalhamento da variante Ômicron, as internações por covid-19 mais do que dobraram em ao menos três hospitais privados de São Paulo, na comparação com o final do ano passado. No Hospital Israelita Albert Einstein, a alta foi de 707%. Hospital Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz também tiveram aumento.

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O Hospital Israelita Albert Einstein informou que no dia 31 de dezembro tinha 14 pacientes internados por covid-19, sendo 11 deles em leitos clínicos e três em unidades de terapia intensiva (UTI). Ontem, o número de hospitalizados saltou para 99. Do total, são 81 em apartamentos e 18 em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva. Três deles estão entubados.

"Com a variante Gama, por volta de metade dos pacientes precisavam de terapia intensiva, era um quadro bem mais grave. Agora, são casos em que os pacientes têm principalmente uma gripe forte. Não chegam a ter pneumonia. Até tem casos, mas são mais raros", explica o superintendente e diretor médico do Hospital Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto. "Em média, o paciente fica cerca de três, dois dias internado por covid (no Einstein). Há um ano, quando estava começando a subir a Gama, o índice estava em 9,5 dias. O quadro clínico é bem mais brando", acrescenta.

Aumento

O Hospital Sírio-Libanês, por sua vez, informou que as unidades de São Paulo tinham 27 pacientes internados com covid-19 no dia 31 de dezembro. Desse total, 22 pacientes estavam em enfermaria e outros cinco em leitos de UTI. Já em balanço feito na quarta-feira, o hospital contabilizou 67 pessoas hospitalizadas com a doença, 11 delas em UTI.

"Olhando por um panorama geral, o número de casos aumentou muito é uma coisa notória. E quando a gente aumenta esse número absoluto de casos, por mais que eles aparentem ter um quadro clínico pouco severo, até por estarem associados a uma maior taxa de vacinação, a gente tem um aumento do número absoluto de hospitalizados", explica a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Carla Kobayashi.

A Rede D'Or São Luiz informou que seus hospitais na Grande São Paulo estão, em média, com um volume de atendimento em seus prontos-socorros 50% maior do que o habitual em semanas anteriores.

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