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Pacheco avalia que polarização é tendência em 2022

O senador é apontado como nome de "terceira via" para as eleições presidenciais de 2022

Pacheco: presidente do senado critica extremismo e pede diálogo para resolver 'crise real' (Pedro Gontijo/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2021 às 12h45.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), teve encontros com os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, durante o último fim de semana. O senador é apontado como nome de "terceira via" para as eleições presidenciais de 2022 , mas tem se colocado como aliado do presidente Jair Bolsonaro na agenda legislativa e evitado confrontos com o chefe do Planalto até o momento.

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Em entrevista ao site Jota, Pacheco avaliou nesta segunda-feira (14) que a polarização política é uma tendência para o ano que vem. As últimas pesquisas de intenção de voto apontam para uma disputa concentrada entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na opinião do presidente do Senado, a falta de diálogo "atrapalha" o Brasil. "Isso pode se refletir na eleição de 2022, há até uma tendência para que isso se repita", afirmou o senador. As conversas com Temer e FHC, de acordo com Pacheco, ocorreram na esteira de sua relação com ex-presidentes da República, na função de presidente do Senado.

"Com viabilidade técnica, é possível admitir sistema de voto impresso"

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), admitiu aprovar a proposta do voto impresso se houver viabilidade técnica. Conforme o Estadão/Político revelou, a medida tem maioria para avançar na comissão especial que discute o tema na Câmara. Aliados do presidente Jair Bolsonaro se juntaram a outros partidos para instituir um sistema de voto impresso na urna eletrônica em 2022.

Pacheco deixou claro que confia no atual sistema eleitoral no Brasil, mas admitiu a possibilidade de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação na Câmara para eliminar dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. "Se há senadores e deputados sustentando isso e se houver viabilidade técnica e operacional para uma implantação dessa natureza que dê maior confiabilidade ao sistema de escolha de candidatos, é perfeitamente possível nós admitirmos", disse.

Comportamento de Bolsonaro

Na entrevista, Rodrigo Pacheco disse não concordar com o desrespeito às normas sanitárias ao falar sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro na pandemia de covid-19. Por outro lado, o senador avaliou como positiva a participação do chefe do Planalto no comitê criado para coordenar as ações de enfrentamento à doença. A declaração foi dada ao site após Bolsonaro promover mais um evento com aglomeração, desta vez em São Paulo, no fim de semana.

"Se cada qual age, sob o ponto de vista pessoal, usando máscara ou não, essa é uma coisa que é pessoal. Obviamente, eu não concordo com quem não usa máscara, com quem aglomera. Evidentemente, eu acho que essas não são posturas adequadas para absolutamente ninguém no Brasil", disse Pacheco, ponderando que o diálogo entre os Poderes tem sido "bom". "A existência desse comitê, eu considero que é fundamental para se ter essa instância de diálogo no Brasil, senão poderíamos ter momentos piores do que tivemos na pandemia."

"Auxílio emergencial precisa ser substituído por novo programa social"

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a criação de um novo programa social de renda mínima assim que o novo auxílio emergencial acabar. O governo deve prorrogar o benefício por mais dois meses, até setembro, mas quer lançar um substituto para o Bolsa Família, com duração permanente. A disputa eleitoral em 2022 reforça a tentativa do presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Estamos em luta contra o tempo para conceber um programa social de renda mínima, de renda básica, de renda cidadã. Acredito muito que vai acontecer", disse o presidente do Senado em entrevista ao site Jota. "O impacto orçamentário, perto de tudo, não é um impacto orçamentário proibitivo."

Para Rodrigo Pacheco, o novo programa precisa abranger os beneficiários do Bolsa Família e do atual auxílio emergencial e ser compatível com o aumento de preços, especialmente os dos alimentos da cesta básica.

Além disso, ele apontou a necessidade de desenhar um programa para incentivar a entrada dos beneficiários no mercado formal de trabalho.

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