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A mais recente pesquisa Datafolha mostra Lula na liderança da corrida presidencial deste ano, com 30% das intenções de voto

Candidato: O ex-presidente está preso na Polícia Federal de Curitiba há dois meses, mas mesmo assim, segue na corrida presidencial como favorito (Leonardo Benassatto/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2018 às 05h52.

Última atualização em 11 de junho de 2018 às 07h12.

Datafolha: Lula segue na frente

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso na Polícia Federal de Curitiba há dois meses, mesmo assim, segue na liderança da corrida presidencial deste ano, com 30% das intenções de voto, como mostra a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no início da madrugada deste domingo. Nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em segunda instância e tecnicamente barrado pela Lei da Ficha Lima, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputariam uma vaga para enfrentar o deputado Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. Independentemente de qual seria a posição do PT, Bolsonaro lidera, com 19% das intenções de voto, seguindo por Marina, entre 14 e 15%, e Ciro, com 10 ou 11% das intenções de voto. Em quarto lugar aparece o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%, seguido pelo senador Álvaro Dias (Podemos), com 4%.

Impopularidade que só cresce

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo mostra que a greve dos caminhoneiros e a lenta retomada da economia aumentaram a taxa de reprovação do governo em 12 pontos percentuais. De acordo com o Instituto, 82% dos brasileiros consideram a gestão de Michel Temer como ruim ou péssima, contra 70% na última amostra, divulgada em abril. Com o resultado, o emedebista bate seu próprio recorde de impopularidade e se torna o presidente mais rejeitado desde a redemocratização do país. Apenas 3% consideram a administração ótima ou boa e 14% regular. A sondagem mostra ainda que a impopularidade do presidente cresceu nas cinco regiões do país e em todas as faixas de renda e escolaridade. No Nordeste, Temer é rejeitado por 87%. No Sul e no Sudeste, o índice bate 80%.

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EUA acusa Canadá de traição

Os Estados Unidos acusaram, neste domingo, o Canadá de “traição” durante a cúpula do G7, que terminou em um fiasco após a virada de Donald Trump contra seus aliados, os quais ameaçou com novas tarifas. No sábado, o magnata republicano retirou abruptamente seu apoio a uma declaração final da cúpula de dois dias realizada em La Malbaie (Quebec, Canadá), apesar do compromisso que foi alcançado após árduas discussões sobre questões comerciais. O presidente americano reagiu às declarações do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que reiterou no sábado que as taxas às importações de alumínio e aço impostas pelos Estados Unidos eram “um insulto” ao seu país, dada a história entre as duas nações, que lutaram juntas desde a Primeira Guerra Mundial. “É uma traição, nos enganou, não somente Trudeau, mas os outros membros do G7”, comentou neste domingo à CNN Larry Kudlow, principal assessor econômico de Trump.

Europeus criticam

A decisão de Donald Trump de voltar atrás e não endossar o comunicado final do G7 pelo Twitter depois de ter ouvido comentários do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foi chamada de “infantil” pelos líderes europeus. “Em segundos, você pode destruir tudo com alguns caracteres do Twitter”, disse o ministro alemão Heiko Maas. O governo francês afirmou, em comunicado: “A cooperação internacional não pode depender da raiva ou de pequenas palavras. Vamos ser sérios e dignos de nosso povo”.

Itália barra imigrantes

O novo governo da Itália barrou um navio com 629 imigrantes que tentava chegar ao país. Segundo o novo ministro do interior italiano, Matteo Salvini, a ação é parte de uma nova política linha dura com a imigração. “A partir de hoje a Itália começa a dizer não ao tráfico de seres humanos, não ao negócio da imigração clandestina”, escreveu Salvini no Facebook. Os imigrantes, que partiram da Líbia, foram resgatados por um navio operado pelas ONGs SOS Mediterranée e Médicos Sem Fronteiras. Salvini citou Malta, França e Espanha como países que defendem suas fronteiras e “cuidam de seus próprios assuntos”. Salvini é favorável, inclusive, à deportação de milhares de imigrantes que já estão na Itália.

Itália continua com euro

O novo governo de coalizão da Itália não tem a intenção de deixar o euro e planeja se concentrar em reduzir os níveis de endividamento, disse o ministro da Economia, Giovanni Tria, no domingo, procurando tranquilizar os nervosos mercados financeiros. Os títulos do governo italiano estão sob pressão de venda, sob o temor de que o governo embarque em um gasto que a Itália não pode arcar e que os mercados estão cautelosos com o fato de que os céticos da coalizão possam tentar retirar a Itália da zona do euro. Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo há uma semana, Tria disse ao jornal Corriere della Sera que a coalizão queria impulsionar o crescimento por meio de investimentos e reformas estruturais.

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