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Os próximos passos do governo

As vitórias de Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado e de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, por maioria folgada, mostraram que a relação com o Congresso continua a ser o ponto forte do governo de Michel Temer. Agora, o Planalto se prepara para mais uma série de arrumações visando um biênio o mais tranquilo possível até 2018. […]

RODRIGO MAIA: no Brasil os presidentes das casas legislativas têm mais poder, e visibilidade, do que as comissões do Congresso / Adriano Machado/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 05h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

As vitórias de Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado e de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, por maioria folgada, mostraram que a relação com o Congresso continua a ser o ponto forte do governo de Michel Temer. Agora, o Planalto se prepara para mais uma série de arrumações visando um biênio o mais tranquilo possível até 2018.

Ontem mesmo interlocutores do governo se reuniram com o segundo colocado na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), para evitar o crescimento de uma ala dissidente no Centrão. Com os votos de Jovair, o governo teria incríveis 400 dos 513 deputados da Câmara a seu lado. Cogita-se até um ministério para o goiano.

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Enquanto isso, há indicações, essas sim, definidas. De uma leva só, Temer nomeará três novos ministros. Antonio Imbassahy (PSDB-BA) vai finalmente ocupar a Secretaria de Governo, cargo vago há mais de dois meses, desde a saída de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Outra tucana, Luislinda Valois, deve ser indicada para a pasta de Direitos Humanos, extinta por Temer e agora recriada para aplacar as críticas por falta de mulheres no governo. Por fim, Moreira Franco deve ser promovido a outra pasta recriada, a Secretaria-Geral da Presidência, com o objetivo de tirá-lo das garras do juiz Sergio Moro.

Vida tranquila pela frente, portanto? Não necessariamente. O PT estuda pedir o afastamento de Moreira Franco com o mesmo argumento que impediu o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva de assumir a Casa Civil. Mas o maior risco não está na dividida oposição, e sim na Lava-Jato. O novo relator da operação no Supremo, ministro Edson Fachin, pode retirar o sigilo dos depoimentos de 77 executivos da Odebrecht. Embora integrantes do governo digam que defendem a medida, seria uma bomba para o planalto, que tem Temer e os principais aliados citados repetidas vezes.

Há ainda o processo em curso no Tribunal Superior Eleitoral sobre a cassação da chapa Dilma-Temer.Ou seja: o governo se apronta, mas ninguém sabe o tamanho da tempestade à frente.

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