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Os novos alvos da Lava-Jato

Há meses um dos passatempos preferidos em Brasília é adivinhar os próximos alvos da Operação Lava-Jato. Os acontecimentos dos últimos dias mostraram que a brincadeira é mais difícil do que parecia. Agora, surgiram evidências de pagamentos ilegais para novas figuras políticas, como o senador Romário e os deputados Rodrigo Maia e Jutahy Junior. Léo Pinheiro, ex-presidente […]

MARINA SILVA: ex-candidata a presidente é um dos novos alvos da Operação Lava-Jato / Wilson Dias / Agência Brasil (Wilson Dias/Agência Brasil)

MARINA SILVA: ex-candidata a presidente é um dos novos alvos da Operação Lava-Jato / Wilson Dias / Agência Brasil (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 06h44.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h27.

Há meses um dos passatempos preferidos em Brasília é adivinhar os próximos alvos da Operação Lava-Jato. Os acontecimentos dos últimos dias mostraram que a brincadeira é mais difícil do que parecia.

Agora, surgiram evidências de pagamentos ilegais para novas figuras políticas, como o senador Romário e os deputados Rodrigo Maia e Jutahy Junior. Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, afirmou também que a ex-candidata a presidente Marina Silva teria recebido pagamentos em caixa dois. Além dela, o prefeito carioca Eduardo Paes foi colocado no bolo pelo ex-presidente da OAS.

No Supremo, há novos inquéritos para apurar pagamento de propina na construção da hidrelétrica Belo Monte aos senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp e Jader Barbalho – todos do PMDB. De quebra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à alçada do juiz Sergio Moro.

Quem são os próximos? Em março, uma planilha 316 nomes de políticos de 24 partidos, foi encontrada na casa de Benedicto Barbosa Silva Júnior, executivo da Odebrecht. Ali, surge uma complexa rede de pagamentos que podem ser legais ou ilegais. Na lista, há diversos ministros de Michel Temer, como Mendonça Filho, da Educação, José Serra, das Relações Exteriores, Bruno Araújo, das Cidades, e Ricardo Barros, da Saúde. Está lá o presidente do PSDB, Aécio Neves. Há também a citação ao deputado Paulo Teixeira, ao ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro – todos do PT.

Democrática, a planilha mostra que quase todo o sistema político nacional recebeu dinheiro da Odebrecht. A empreiteira tinha um departamento oculto só para pagar propinas. Novos nomes surgirão. E, claro, as investigações mostrarão as denúncias que têm fundamento. Quem não deve, na teoria, não teme.

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