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Oposição quer derrubar decreto sobre consultas populares

Partidos se movimentam para tentar suspender o decreto editado pela presidente que obriga os órgãos a promover consultas populares


	Antonio Imbassahy: líder determinou que sua assessoria verifique se há vício de inconstitucionalidade
 (Viola Junior/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Antonio Imbassahy: líder determinou que sua assessoria verifique se há vício de inconstitucionalidade (Viola Junior/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 10h01.

Brasília - Os principais partidos da oposição se movimentam para tentar suspender o decreto editado pela presidente Dilma Rousseff que obriga os órgãos do governo a promover consultas populares, por meio de nove conselhos, sobre grandes temas, antes que propostas legais venham a ser adotadas e se transformem em políticas públicas.

O líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA) já determinou que sua assessoria verifique se há "vício de inconstitucionalidade" no decreto.

Na avaliação dele, o Planalto "percebeu a possibilidade de derrota nas eleições de outubro e quer aparelhar ainda mais os órgãos para que os petistas continuem a ter influência, em caso de derrota, e dificultem as ações do novo governo".

Na sexta-feira, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), apresentou projeto de decreto legislativo para revogar o decreto presidencial.

Ele afirmou que vai pedir às demais lideranças partidárias apoio para a aprovação do regime de urgências para que o decreto seja derrubado "o mais rápido possível".

"A instância que o cidadão tem para ser ouvido é o Congresso e não um conselho aparelhado pelo atual governo e o PT. Isso é uma usurpação do poder do Legislativo pelo Executivo", afirmou Mendonça Filho.

Já Bazileu Margarido, coordenador executivo da Rede Sustentabilidade, projeto incorporado ao PSB do presidenciável Eduardo Campos, criticou o momento escolhido para o governo editar o decreto.

"É uma discussão importante, mas o governo teve três anos e meio para tomar essas medidas importantes", apontou Margarido.

"Agora isso gera algum desconforto e alguma desconfiança de que essa seja uma atitude mais eleitoreira do que realmente um aperfeiçoamento das instituições públicas e da democracia."

Para o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a medida do governo é ilegal.

"Um decreto não pode inovar, ele tem apenas que regulamentar o que uma lei determina, e não tem lei sobre isso", argumentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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