Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP): "a CPI mista tem o peso do Congresso, da Câmara e do Senado", disse (Waldemir Barreto/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 13h44.
Brasília - Líderes de partidos da oposição do Senado e da Câmara decidiram nesta terça-feira, 01, trabalhar para apresentar, até amanhã, requerimento propondo a criação da CPI mista da Petrobras. A avaliação dos parlamentares, feita desde a semana passada, é que uma comissão formada por deputados e senadores dá mais peso político à investigação relativa à estatal.
Com essa nova decisão, os oposicionistas Senado mudaram de ideia e não vão cobrar do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que faça hoje a leitura do requerimento de instalação da CPI exclusiva. Os senadores querem emplacar a CPI mista e, se não conseguirem os apoios, é que voltarão a cobrar a investigação apenas do Senado.
"A CPI do Senado já está sacramentada. Ela está garantida e então ela se impõe. Mas é inquestionável que a CPMI, cujas assinaturas vamos conseguir no Senado e acredito que vai ser o caso na Câmara, também conseguiremos", afirmou o presidente do Democratas, senador Agripino Maia (RN).
"A CPI mista tem o peso do Congresso, da Câmara e do Senado", complementou o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).
Os parlamentares decidiram que vão recolher assinaturas para um requerimento que é idêntico ao protocolado na quinta-feira passada no Senado. Entre os objetivos previstos na investigação parlamentar, está o pedido de apuração da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff, quando era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da operação mesmo tendo se embasado em um resumo juridicamente falho.
Se conseguirem recolher as assinaturas para uma apuração formada por deputados e senadores, a decisão de realizar uma CPI mista, contudo, atrasa o início efetivo dos trabalhos. Isso porque a leitura do requerimento de criação dela tem de ocorrer em uma sessão do Congresso Nacional.
A próxima está marcada para o dia 15 de abril, embora possa ser realizada antes, caso seja de interesse da cúpula do Congresso, hipótese considerada remota.