Brasil

Oposição faz protesto contra Temer no plenário da Câmara

O empresário Joesley Batista, da JBS, teria gravado o presidente dando aval para "compra de silêncio" do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Michel Temer: "Se confirmada a veracidade dos áudios, acabou o governo Temer", disse Afonso Florence (PT-BA) (Ueslei Marcelino/REUTERS/Reuters)

Michel Temer: "Se confirmada a veracidade dos áudios, acabou o governo Temer", disse Afonso Florence (PT-BA) (Ueslei Marcelino/REUTERS/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2017 às 20h55.

Última atualização em 17 de maio de 2017 às 22h55.

Brasília — Mesmo após o encerramento da sessão de votação da Câmara, deputados de oposição continuam no plenário gravando vídeos e repercutindo a informação de que o empresário Joesley Batista, da JBS, teria gravado o presidente Michel Temer dando aval para "compra de silêncio" do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo".

"Se confirmada a veracidade dos áudios, acabou o governo Temer. Isso incinera o governo Temer, a reforma da Previdência", disse Afonso Florence (PT-BA).

Alguns parlamentares lembraram que já existe um pedido de impeachment de Temer engavetado na Casa, faltando apenas a indicação dos membros para compor a comissão especial.

"A situação é muito grave. Ou se faz o impeachment ou não se faz mais nada neste País", declarou o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).

Os governistas deixaram o plenário atônitos, sem entender o que estava acontecendo. O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), se recusaram a comentar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou o plenário às pressas. "Não tem mais clima para trabalhar, só isso", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCorrupçãoEduardo CunhaJBSMichel TemerOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência