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Operação padrão deve ser sentida a partir de amanhã, diz sindicato

Sindicato estima atrasos de até duas horas em voos e cancelamentos

A operação padrão começou depois que trabalhadores e empresas não chegaram a um acordo (Manoel Marques]/Veja)

A operação padrão começou depois que trabalhadores e empresas não chegaram a um acordo (Manoel Marques]/Veja)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 13h43.

Rio de Janeiro - Os impactos da operação padrão, deflagrada à 0h de hoje (2) nos aeroportos brasileiros pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), em parceria com o dos aeronautas, só devem começar a ser sentidos pela população a partir de amanhã (3). A expectativa é da presidenta do SNA, Selma Balbino, que acredita que a mudança da rotina dos trabalhos deverá causar atrasos de até duas horas em voos com conexões, além de cancelamentos.

A categoria decidiu fazer a “operação de não colaboração” depois que a reunião com representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), ontem (1º), para negociar os reajustes salariais terminou sem avanços.

De acordo com Selma Balbino, entre as reivindicações está o aumento de 30% nos pisos salariais e de 15% para as demais faixas; além de melhoria nas condições de trabalho.

“Os trabalhadores fazem horas extras excessivas, dobram suas jornadas, não conseguem tirar o horário de lanche de 15 minutos ou o horário integral de almoço. Durante a operação, eles não vão colaborar com nada e farão exatamente o que manda o manual, além de não aceitar mudanças repentinas de escala, o que vem acontecendo constantemente”, afirmou.

Segundo ela, a situação é agravada pela falta de profissionais, estimada em cerca de 2 mil trabalhadores apenas entre os aeronautas, categoria que inclui comissários, comandantes e pilotos. Os aeroviários são os funcionários que atuam em terra, como mecânicos de manutenção, despachantes técnicos, agentes de check-in, entre outros.

“Além dos prejuízos para a categoria, há os riscos para a segurança dos voos, já que os profissionais ficam sobrecarregados. Isso é perigoso porque eles não podem errar, afinal um erro pode comprometer a vida de centenas de pessoas”, alertou.

Para Arturo Spadale, diretor administrativo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), entidade que representa os interesses das companhias aéreas, a operação é “prematura”, já que as negociações ainda estão em curso.

“A nossa proposta é de reposição imediata pelo INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] para não prejudicar os funcionários. Além disso, achamos mais conveniente mudar a data-base de dezembro para abril, quando poderíamos discutir as outras reivindicações sem prejuízo para os passageiros, que viajam mais nesta época do ano”, destacou.

Uma nova reunião entre os sindicatos está marcada para a próxima quarta-feira (8). De acordo com a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), pelo menos nos aeroportos do Rio de Janeiro a operação não causou alterações até o fim da manhã de hoje.

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