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Ônibus já rodam como antes das faixas exclusivas em SP

São Paulo - A velocidade média dos ônibus municipais de São Paulo caiu no ano passado, voltando a patamares registrados antes do início da política de abertura de faixas exclusivas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A informação consta de uma "cesta de indicadores de desempenho de serviços públicos" divulgada pela Secretaria Municipal de […]

Ônibus trafegam na faixa exclusiva, em São Paulo: a queda foi tanto no horário de pico da manhã quanto no da tarde (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 09h41.

São Paulo - A velocidade média dos ônibus municipais de São Paulo caiu no ano passado, voltando a patamares registrados antes do início da política de abertura de faixas exclusivas da Companhia de Engenharia de Tráfego ( CET ).

A informação consta de uma "cesta de indicadores de desempenho de serviços públicos" divulgada pela Secretaria Municipal de Gestão.

A queda foi tanto no horário de pico da manhã quanto no da tarde.

No primeiro, das 7 às 10 horas, a queda foi de 17 km/h, em 2013, para 16 km/h no ano passado. À tarde, das 17 às 20 horas, a velocidade voltou de 16 km/h para 15 km/h.

A meta da Prefeitura, anunciada em 2013, era de que as velocidades médias, nos dois horários de pico, subissem até chegar a 25 km/h.

A Prefeitura, em nota, argumenta que o transporte público é a "prioridade" da gestão.

Aumentar a velocidade média dos coletivos foi a justificativa dada pelo secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, para intensificar a instalação das faixas exclusivas à direita.

Em 2013, a Prefeitura instalou 291,4 quilômetros dessas vias.

A política ganhou mais força após os protestos de junho daquele ano. No ano passado, foram mais 77,8 km. Ao todo, a capital tem 386 quilômetros de faixas, em 111 corredores viários.

"As faixas exclusivas à direita deram um ganho inicial de velocidade. Mas o que amarra os ônibus no percurso são os semáforos nos cruzamentos, que ainda são programados pensando no trânsito de automóveis", diz o engenheiro de transportes Horácio Augusto Figueira.

"Os semáforos precisam ser programados para liberar os cruzamentos que têm mais pessoas esperando, não carros. É um conceito que Londres adota desde 1977", afirma.

Figueira, entretanto, ressalta que o indicador publicado pela Prefeitura é "um dado global" que mistura rotas e tipos de viagens diferentes. "É bom que divulguem, mas é preciso olhar também para os dados do Olho Vivo (página da SPTrans que mostra a velocidade em tempo real nos corredores à esquerda)", diz.

Balanço publicado neste ano referente apenas às faixas exclusivas mostra que a velocidade média dos ônibus só nestas vias é de 20,3 km/h. Antes de as faixas existirem, era 14,3 km/h - um aumento de 67,5%.

Tempo

Outro dado da Prefeitura mostra que o tempo gasto pelos ônibus na viagem entre o ponto inicial e o ponto final, na média, está menor. Em 2013, na média, a viagem de cada ônibus durava 66 minutos.

Em 2014, foi para 63 minutos, considerando o horário de pico da tarde. Na manhã, a queda foi de 67 para 64 minutos.

O tempo de espera do usuário nos terminais também caiu de 11 para 10 minutos, na média.

Entre 2013 e 2014, mais de 200 linhas tiveram itinerário alterado, e algumas delas foram cortadas. Coletivos passaram a fazer trajetos mais curtos, em direção a terminais, o que obrigou o passageiro a fazer mais baldeações.

"Antes, eu tomava um ônibus que vinha do Parque Continental direto até o centro. Agora, tenho de descer na Barra Funda e pegar outro ônibus. Se não fosse mais caro, usaria o metrô", diz a balconista Arlete Cândido, de 43 anos.

Outra usuária, a também comerciante Luzia Leite Almendro, de 57 anos, diz que a parte que agora é feita em faixa exclusiva de ônibus, pela Avenida 23 de Maio, na zona sul, passou a ser mais rápida.

"Principalmente de manhã, a hora que chega na 23 o ônibus não fica mais preso no trânsito. Mas tem um trecho, pouco depois do Aeroporto, que tem semáforo. Ali para tudo, todo dia, precisa ter muita paciência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A velocidade média dos ônibus municipais de São Paulo caiu no ano passado, voltando a patamares registrados antes do início da política de abertura de faixas exclusivas da Companhia de Engenharia de Tráfego ( CET ).

A informação consta de uma "cesta de indicadores de desempenho de serviços públicos" divulgada pela Secretaria Municipal de Gestão.

A queda foi tanto no horário de pico da manhã quanto no da tarde.

No primeiro, das 7 às 10 horas, a queda foi de 17 km/h, em 2013, para 16 km/h no ano passado. À tarde, das 17 às 20 horas, a velocidade voltou de 16 km/h para 15 km/h.

A meta da Prefeitura, anunciada em 2013, era de que as velocidades médias, nos dois horários de pico, subissem até chegar a 25 km/h.

A Prefeitura, em nota, argumenta que o transporte público é a "prioridade" da gestão.

Aumentar a velocidade média dos coletivos foi a justificativa dada pelo secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, para intensificar a instalação das faixas exclusivas à direita.

Em 2013, a Prefeitura instalou 291,4 quilômetros dessas vias.

A política ganhou mais força após os protestos de junho daquele ano. No ano passado, foram mais 77,8 km. Ao todo, a capital tem 386 quilômetros de faixas, em 111 corredores viários.

"As faixas exclusivas à direita deram um ganho inicial de velocidade. Mas o que amarra os ônibus no percurso são os semáforos nos cruzamentos, que ainda são programados pensando no trânsito de automóveis", diz o engenheiro de transportes Horácio Augusto Figueira.

"Os semáforos precisam ser programados para liberar os cruzamentos que têm mais pessoas esperando, não carros. É um conceito que Londres adota desde 1977", afirma.

Figueira, entretanto, ressalta que o indicador publicado pela Prefeitura é "um dado global" que mistura rotas e tipos de viagens diferentes. "É bom que divulguem, mas é preciso olhar também para os dados do Olho Vivo (página da SPTrans que mostra a velocidade em tempo real nos corredores à esquerda)", diz.

Balanço publicado neste ano referente apenas às faixas exclusivas mostra que a velocidade média dos ônibus só nestas vias é de 20,3 km/h. Antes de as faixas existirem, era 14,3 km/h - um aumento de 67,5%.

Tempo

Outro dado da Prefeitura mostra que o tempo gasto pelos ônibus na viagem entre o ponto inicial e o ponto final, na média, está menor. Em 2013, na média, a viagem de cada ônibus durava 66 minutos.

Em 2014, foi para 63 minutos, considerando o horário de pico da tarde. Na manhã, a queda foi de 67 para 64 minutos.

O tempo de espera do usuário nos terminais também caiu de 11 para 10 minutos, na média.

Entre 2013 e 2014, mais de 200 linhas tiveram itinerário alterado, e algumas delas foram cortadas. Coletivos passaram a fazer trajetos mais curtos, em direção a terminais, o que obrigou o passageiro a fazer mais baldeações.

"Antes, eu tomava um ônibus que vinha do Parque Continental direto até o centro. Agora, tenho de descer na Barra Funda e pegar outro ônibus. Se não fosse mais caro, usaria o metrô", diz a balconista Arlete Cândido, de 43 anos.

Outra usuária, a também comerciante Luzia Leite Almendro, de 57 anos, diz que a parte que agora é feita em faixa exclusiva de ônibus, pela Avenida 23 de Maio, na zona sul, passou a ser mais rápida.

"Principalmente de manhã, a hora que chega na 23 o ônibus não fica mais preso no trânsito. Mas tem um trecho, pouco depois do Aeroporto, que tem semáforo. Ali para tudo, todo dia, precisa ter muita paciência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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