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Ônibus é incendiado em protesto contra violência da PM

Incidente ocorreu na Rua Abílio César, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo

Moradores da região disseram que o ônibus foi queimado pela população em protesto por um suposto toque de recolher feito por Policiais Militares (Fernando Moraes/Veja SP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 08h07.

São Paulo - Um ônibus foi incendiado na Rua Abílio César, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, na noite desta quinta-feira, 28, por dois homens que mandaram os passageiros descerem e atearam fogo com gasolina. Moradores da região disseram que o ônibus foi queimado pela população em protesto por um suposto toque de recolher feito por Policiais Militares (PM) e pelo assassinato de um jovem, ocorrido na última terça-feira, 26.

Eles afirmaram que o número de homicídios no bairro aumentou nas últimas semanas. Um funcionário do Hospital Municipal M'Boi Mirim, que atende a região, relatou que nas últimas duas semanas a quantidade de vítimas atendidas com ferimentos por armas de fogo disparou, chegando a ser atendidas seis pessoas com este tipo de ferimento em uma única noite.

Com este ônibus, já foram incendiados 11 coletivos desde a última semana. A PM está em estado de alerta geral no Estado de São Paulo em razão da execução de policiais e ataques a bases da PM. Em 12 dias, seis policiais militares morreram em horário de folga. Já são 40 PMs mortos neste ano. Em 2011, foram assassinados 47, sete em serviço.

O funcionário do Hospital M'Boi Mirim contou que chegava a média de uma pessoa com ferimentos por arma de fogo por semana no hospital, ou menos. Embora na noite desta quinta-feira, 28, e quarta-feira, 27, não tenha dado entrada nenhuma pessoa nesta situação, apenas na madrugada de segunda-feira, 25, pelo menos seis pessoas foram atendidas com ferimentos por arma de fogo. Ele afirmou que os casos aumentaram consideravelmente nas últimas semanas, com cinco ocorrências em vários dias.

Moradores disseram que PMs impuseram, com ameaças de morte, o toque de recolher às 20h, com o fechamento do comércio e mandando que as pessoas não circulassem na rua de noite. A população residente no Parque Bristol, na zona sul da capital paulista, relataram a mesma situação, com toque de recolher feito por viaturas da Força Tática da PM.

Ataque

De acordo com o motorista do ônibus intermunicipal queimado, da Viação Miracatiba, linha São Pedro/Capão Redondo, dois homens subiram no coletivo quando este parou em um ponto. Els obrigaram o motorista, cobrador e os cerca de 40 passageiros descerem do veículo. Em seguida jogaram gasolina no ônibus e atearam fogo. O motorista afirma ainda que os incendiários disseram que agiam em protesto, mas não disseram contra o que. O caso foi registrado no 47º Distrito Policial (DP).

Outra tentativa de ataque a ônibus ocorrido em Cangaíba, na região da Penha, zona leste de São Paulo, terminou frustrada na noite de quinta-feira, 28. Dez pessoas pararam o coletivo e mandaram os passageiros descerem. Os bandidos então jogaram um coquetel molotov, que não queimou. A PM chegou e o grupo fugiu. Ninguém foi preso.

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São Paulo - Um ônibus foi incendiado na Rua Abílio César, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, na noite desta quinta-feira, 28, por dois homens que mandaram os passageiros descerem e atearam fogo com gasolina. Moradores da região disseram que o ônibus foi queimado pela população em protesto por um suposto toque de recolher feito por Policiais Militares (PM) e pelo assassinato de um jovem, ocorrido na última terça-feira, 26.

Eles afirmaram que o número de homicídios no bairro aumentou nas últimas semanas. Um funcionário do Hospital Municipal M'Boi Mirim, que atende a região, relatou que nas últimas duas semanas a quantidade de vítimas atendidas com ferimentos por armas de fogo disparou, chegando a ser atendidas seis pessoas com este tipo de ferimento em uma única noite.

Com este ônibus, já foram incendiados 11 coletivos desde a última semana. A PM está em estado de alerta geral no Estado de São Paulo em razão da execução de policiais e ataques a bases da PM. Em 12 dias, seis policiais militares morreram em horário de folga. Já são 40 PMs mortos neste ano. Em 2011, foram assassinados 47, sete em serviço.

O funcionário do Hospital M'Boi Mirim contou que chegava a média de uma pessoa com ferimentos por arma de fogo por semana no hospital, ou menos. Embora na noite desta quinta-feira, 28, e quarta-feira, 27, não tenha dado entrada nenhuma pessoa nesta situação, apenas na madrugada de segunda-feira, 25, pelo menos seis pessoas foram atendidas com ferimentos por arma de fogo. Ele afirmou que os casos aumentaram consideravelmente nas últimas semanas, com cinco ocorrências em vários dias.

Moradores disseram que PMs impuseram, com ameaças de morte, o toque de recolher às 20h, com o fechamento do comércio e mandando que as pessoas não circulassem na rua de noite. A população residente no Parque Bristol, na zona sul da capital paulista, relataram a mesma situação, com toque de recolher feito por viaturas da Força Tática da PM.

Ataque

De acordo com o motorista do ônibus intermunicipal queimado, da Viação Miracatiba, linha São Pedro/Capão Redondo, dois homens subiram no coletivo quando este parou em um ponto. Els obrigaram o motorista, cobrador e os cerca de 40 passageiros descerem do veículo. Em seguida jogaram gasolina no ônibus e atearam fogo. O motorista afirma ainda que os incendiários disseram que agiam em protesto, mas não disseram contra o que. O caso foi registrado no 47º Distrito Policial (DP).

Outra tentativa de ataque a ônibus ocorrido em Cangaíba, na região da Penha, zona leste de São Paulo, terminou frustrada na noite de quinta-feira, 28. Dez pessoas pararam o coletivo e mandaram os passageiros descerem. Os bandidos então jogaram um coquetel molotov, que não queimou. A PM chegou e o grupo fugiu. Ninguém foi preso.

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