ONG denuncia chacina de jovens a organização internacional
A denúncia à Organização dos Estados Americanos é sobre ameaças e perseguições feitas a integrantes da luta contra genocídio da população negra na Bahia
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 14h07.
A organização não governamental (ONG) Justiça Global formalizou denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre ameaças, intimidação e perseguições feitas por policiais militares da Bahia a integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, uma articulação de entidades que lutam contra o genocídio da população negra.
Segundo a ONG, a situação se intensificou após a chacina do Cabula, quando a Campanha Reaja denunciou que os 13 jovens assassinados não entraram em confronto com a polícia.
A organização defendeu que eles foram executados, como comprovado posteriormente nos laudos necroscópicos e em inquérito feito pelo Ministério Público da Bahia.
Policiais Militares das Rondas Especiais (Rondesp) postaram na página da Reaja, em uma rede social, uma imagem com símbolos da campanha com a frase “reaja e será morta, reaja e será morto”, com a logomarca da corporação.
Há também registro de mensagens via whatsapp para intimidar o coordenador do movimento, Hamilton Borges.
Na segunda semana de junho, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público pedindo o indiciamento de nove envolvidos na chacina.
Hamilton denunciou que nesta mesma semana uma viatura da PM passou vigiar a rua onde ele mora e a estacionar o carro em frente à sua residência. A denúncia diz ainda que policiais militares revistaram e espancaram moradores do bairro.
Os integrantes da campanha informaram ainda sobre constantes blitze feitas no bairro do Cabula, especialmente próximo onde moram familiares dos jovens assassinados e que integram a Campanha Reaja.
A Justiça Global afirma que jornalistas que cobriram a chacina do Cabula e a execução de Geovane Mascarenhas de Santana, 22 anos, em Salvador, no dia 2 de agosto de 2014, também sofreram intimidações, denunciadas também pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia.
Além de solicitar à OEA que acompanhe os desdobramentos do processo da chacina do Cabula e as ameaças de morte aos integrantes da Campanha Reaja, a Justiça Global pede que o governo da Bahia adote medidas que acabem com as violações de direitos humanos.
As assessorias de comunicação do governo da Bahia e da Polícia Militar foram contatadas ontem à noite (25), quando foi divulgada a denúncia, para comentar e se posicionar sobre o assunto.
Até a manhã desta sexta-feira, prazo acordado para ter respostas do órgão e do governo baiano, a Agência Brasil não foi contatada.
A organização não governamental (ONG) Justiça Global formalizou denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre ameaças, intimidação e perseguições feitas por policiais militares da Bahia a integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, uma articulação de entidades que lutam contra o genocídio da população negra.
Segundo a ONG, a situação se intensificou após a chacina do Cabula, quando a Campanha Reaja denunciou que os 13 jovens assassinados não entraram em confronto com a polícia.
A organização defendeu que eles foram executados, como comprovado posteriormente nos laudos necroscópicos e em inquérito feito pelo Ministério Público da Bahia.
Policiais Militares das Rondas Especiais (Rondesp) postaram na página da Reaja, em uma rede social, uma imagem com símbolos da campanha com a frase “reaja e será morta, reaja e será morto”, com a logomarca da corporação.
Há também registro de mensagens via whatsapp para intimidar o coordenador do movimento, Hamilton Borges.
Na segunda semana de junho, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público pedindo o indiciamento de nove envolvidos na chacina.
Hamilton denunciou que nesta mesma semana uma viatura da PM passou vigiar a rua onde ele mora e a estacionar o carro em frente à sua residência. A denúncia diz ainda que policiais militares revistaram e espancaram moradores do bairro.
Os integrantes da campanha informaram ainda sobre constantes blitze feitas no bairro do Cabula, especialmente próximo onde moram familiares dos jovens assassinados e que integram a Campanha Reaja.
A Justiça Global afirma que jornalistas que cobriram a chacina do Cabula e a execução de Geovane Mascarenhas de Santana, 22 anos, em Salvador, no dia 2 de agosto de 2014, também sofreram intimidações, denunciadas também pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia.
Além de solicitar à OEA que acompanhe os desdobramentos do processo da chacina do Cabula e as ameaças de morte aos integrantes da Campanha Reaja, a Justiça Global pede que o governo da Bahia adote medidas que acabem com as violações de direitos humanos.
As assessorias de comunicação do governo da Bahia e da Polícia Militar foram contatadas ontem à noite (25), quando foi divulgada a denúncia, para comentar e se posicionar sobre o assunto.
Até a manhã desta sexta-feira, prazo acordado para ter respostas do órgão e do governo baiano, a Agência Brasil não foi contatada.