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Olimpíada não será cancelada por conta da zika, diz COI

O diretor de saúde do Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou qualquer possibilidade de cancelamento em decorrência do surto da zika no Brasil.

Vista aérea do Parque Olímpico no Rio de Janeiro (Andre Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

Valéria Bretas

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 10h20.

São Paulo – Em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), o diretor médico do Comitê Olímpico Internacional ( COI ), Richard Budgett, afirmou que não existe a menor possibilidade de cancelar os Jogos por conta do surto de zika . “Tudo o que pode ser feito está sendo feito”, disse o diretor à AP.

Budgett afirmou que não existem advertências de saúde que impeçam a viagem ao Brasil, com exceção às mulheres grávidas.

“O COI não é autocomplacente. Nós levamos isso muito a sério”, destaca. “A nossa prioridade é proteger a saúde dos atletas”. E, segundo ele, dois especialistas em doenças infecciosas serão contratados para orientar os esportistas -  que estão preocupados com o vírus.

Ainda assim, de acordo com o diretor médico, a incidência da zika deve diminuir durante os Jogos Olímpicos já que o Brasil estará em período de inverno, quando as temperaturas são mais frias e o tempo é seco. "Podemos garantir que as autoridades brasileiras estão atuando com extrema seriedade", diz.

No início dessa semana, o ministro do Esporte, George Hilton, afirmou que a zika não é um problema oIímpico, mas sim "um problema de saúde pública no mundo inteiro", diz.

A posição do Ministério da Saúde reitera a declaração do ministro. "Estados e municípios estão fazendo tudo para proteger a população brasileira e todas as pessoas que virão para a Olimpíada, incluindo visitantes e atletas", afirmou para a Reuters a assessoria do ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Rio de Janeiro — Durante 17 dias, o Rio de Janeiro e o Brasil serão assunto no mundo todo. É que nesse período serão realizadas as Olimpíadas 2016 , que deve reunir 10,5 mil atletas de 206 países. 240 dias antes das competições, as obras do Parque Olímpico — considerado o coração dos Jogos — estão quase chegando ao fim. Localizado na região da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, o complexo vai sediar 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas. No total, o custo da construção e da reforma de instalações já existentes (como o Parque Maria Lenk) deve chegar aos 2,34 bilhões de reais, sendo que parte desse dinheiro veio da iniciativa privada.  EXAME.com foi ver de perto a parte final das obras e mostra algumas curiosidades sobre os estádios. A reportagem faz parte da série “Bastidores do Brasil”.
  • 2. O local

    2 /8(Andre Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

  • Veja também

    O Parque Olímpico foi construído em uma área de 1,18 milhão de metros quadrados, na qual estão localizadas nove instalações — sete delas erguidas especialmente para os Jogos. De lá, dá para ver outras instalações que serão usadas nos Jogos, como a Vila Olímpica e o Centro Internacional de Transmissão, que deve receber cerca de 10 mil jornalistas para a cobertura do evento. Antes de ser um dos palcos de disputa dos Jogos, o local era ocupado pelo antigo Autódromo de Jacarepaguá, onde foi realizado algumas edições do Grande Prêmio de Fórmula 1 na década de 1980. Veja o processo de demolição no vídeo abaixo:Após a demolição, foi feita toda a parte de infraestrutura do terreno. Foram instalados cerca de 9,6 quilômetros de redes de drenagem (o que equivale a três vezes e meia a praia de Ipanema), 5,3 quilômetros em redes de esgoto, 5 quilômetros de redes de água, 3,5 quilômetros de redes de incêndio, 3 quilômetros de rede de iluminação pública e 7,2 quilômetros de rede de média tensão.
  • 3. Estrelas cariocas

    3 /8(Rita Azevedo/Exame.com)

  • Próximo à entrada do Parque estão três instalações conectadas: as Arenas Cariocas 1,2 e 3. A primeira, que sediará os jogos de basquete, tem capacidade de 16 mil lugares. Por lá, quase 95% das obras foram finalizadas. Faltam ainda alguns detalhes, como as paredes que irão separar alguns ambientes, a montagem dos elevadores e a colocação de revestimentos nos vestiários. Já a segunda, tem uma capacidade um pouco menor —10 mil lugares — e irá receber as disputas de judô, luta livre, luta greco-romana, bocha e judô paraolímpico. Com 97% das obras prontas, os trabalhadores finalizam a colocação das cadeiras das arquibancadas, todas em tons de azul. O próximo passo é a colocação de portas e a instalação das louças nos banheiros e vestiários.

    Rita Azevedo/Exame.comCadeiras da Arena do Futuro no Parque Olímpico no Rio de Janeiro

    A terceira também tem a capacidade de receber 10 mil pessoas e está num estágio um pouco mais avançado. Na sede das competições de esgrima e taekwondo, os operários trabalham na colocação de louças, metais e portas.

    Rita Azevedo/Exame.comEntrada das Arenas Cariocas no Parque Olímpico, Rio de Janeiro (arena 2 e 3)

  • 4. Blocos de montar

    4 /8(Rita Azevedo/Exame.com)

    A Arena do Futuro é uma das instalações para os Jogos que mais surpreendem. Construída em uma área de 35 mil metros quadrados, a estrutura tem uma capacidade de 12 mil lugares e irá sediar as disputas de handebol, na Olimpíada, e de golbol, na Paralimpíada. Baseado no conceito de arquitetura nômade, todo o estádio será desmontado após os Jogos para dar origem a quatro escolas municipais -- três na Barra da Tijuca e uma em São Cristovão. Com isso, a construção é parecida com a de um gigante jogo de blocos de montar. Cada peça, seja ela uma placa de cimento ou porta, é numerada afim de facilitar a hora da desmontagem e quase todas elas são parafusadas.

    Rita Azevedo/Exame.comQuadra de handebol no Parque Olímpico no Rio de Janeiro

    Até as placas metálicas que formam o telhado e as escadas serão divididas entre os colégios. O sistema de ar condicionado também foi projetado de forma que pudesse ser dividido em quatro. A estimativa é que 25,7 milhões de reais sejam gastos nesse processo de desmontagem e de contrução das escolas.
  • 5. Ar-condicionado natural

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    No Estádio Aquático, falta pouco para o término das obras. Já foram concluídas a montagem das estruturas externas, da cobertura e da fachada. Resta agora, a finalização da piscina de competição, que será palco de uma das provas mais aguardadas dos Jogos. Um aspecto curioso da construção está nas arquibancadas. Na estrutura externa, há cerca de 15 mil furinhos. A ideia, segundo os organizadores, é que o estádio não tivesse um sistema de climatização com ar-condicionados, mas que aproveitasse a ventilação natural. Do lado de fora será colocado uma lona adesiva com a reprodução de “ Celacanto produz maremoto”, obra da artista Adriana Varejão, exposta em Inhotim (MG).  Assim como a Arena do Futuro, o Estádio Aquático deve ser desmontado após os jogos e se transformar em dois centros de treinamento. Ainda não foi definido quais cidades receberão os equipamentos, mas é muito provável que não seja no Rio de Janeiro — que já conta com estruturas desse tipo.
  • 6. Retoques finais

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    Atualmente, 4 mil pessoas trabalham no Parque Olímpico. São eles os responsáveis pelo acabamento dos estádios e pela finalização das obras que estão mais distantes da conclusão, como as do Centro de Tênis (85% concluído) e do Velódromo Olimpíco do Rio (73% concluído). No caso das instalações mais adiantadas, pedreiros e eletrecistas passam de um lado para outro com os azulejos azuis dos vestiários ou fios para a instação dos holofotes. Outras equipes cuidam da montagem das cadeiras, que foram alugadas, do plantio de árvores e da manutenção dos jardins.Rita Azevedo/Exame.com
    Trabalhadores do Parque Olímpico no Rio de Janeiro

  • 7. Um lanche ou um carro?

    7 /8(Rita Azevedo/Exame.com)

    Ainda dentro do Parque Olímpico, as mais de 15 empresas patrocinadoras poderão usar uma área para montar seus estandes. Nessa espécie de “shopping”, serão vendidos desde lanches até veículos, além dos produtos oficiais do evento.  A expectativa é que 300 mil turistas acompanhem os 17 dias de competições dos Jogos Olímpicos de 2016. Para o Brasil, foram disponibilizados 4,5 milhões de ingressos desde o início do ano.
  • 8. Veja agora os bastidores do tratamento de um animal silvestre

    8 /8(Divulgação/Associação Mata Ciliar)

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