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Offshore ligada a Maluf é multada em R$ 500 mil

Punição ocorreu por causa da tentativa da defesa da família Maluf de atrasar o julgamento que ocorre na Corte Real de Jersey

Deputado Paulo Maluf: no total, os advogados das empresas ligadas a Maluf tiveram de depositar 137 mil libras, mais de R$ 450 mil (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 09h20.

Genebra - Empresas offshore ligadas a Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo e deputado federal pelo PP, depositaram quase R$ 500 mil em indenização , por ordem da Corte Real de Jersey. A punição ocorreu por causa da tentativa da defesa da família Maluf de atrasar o julgamento que ocorre naquele país e transferir para o Brasil o caso envolvendo o dinheiro da família, depositado em bancos do Canal da Mancha.

Nesta semana, os juízes da corte estão reunidos para deliberar sobre se darão ou não a autorização para que os recursos já bloqueados na ilha sejam transferidos aos cofres públicos em São Paulo. A decisão deve sair até novembro.

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O Estado revelou, em agosto, a decisão de Jersey de punir a iniciativa dos advogados de defesa do ex-prefeito de apresentar recursos ou medidas protelatórias. Os juízes entenderam que a ação visava apenas a atrasar o processo.

No total, os advogados das empresas ligadas a Maluf tiveram de depositar 137 mil libras, mais de R$ 450 mil. O valor seria o equivalente ao que os atrasos custaram para a prefeitura e o tempo que os juízes gastaram para escutar os argumentos da defesa de Maluf.

Em julho, a corte concluiu as audiências em torno do caso aberto pela Prefeitura de São Paulo para reaver R$ 22 milhões que Maluf teria desviado das obras da Avenida Águas Espraiadas. Mas, mesmo após terminada a audiência, a defesa do ex-prefeito tentou incluir mais elementos ao processo e assim forçar o adiamento do caso. A corte, porém, não aceitou a manobra.

Segundo o Estado apurou, o juiz que preside a Corte de Jersey, Howard Page, já tomou sua decisão sobre o destino do dinheiro da família Maluf. A definição será mantida em sigilo, porém, enquanto os demais dois membros da corte avaliam o caso, o que está ocorrendo nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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