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Odebrecht ofereceu R$ 20 mi para ex-diretores de Furnas

O dinheiro serviria para que os diretores comprassem o apoio de congressistas e se mantivessem nos cargos

Furnas: propinas garantiam que diretores não fossem trocados por outros que não faziam parte do esquema (REUTERS/Paulo Whitaker/Reuters)

Furnas: propinas garantiam que diretores não fossem trocados por outros que não faziam parte do esquema (REUTERS/Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2017 às 11h30.

Brasília - A Odebrecht ofereceu R$ 20 milhões para ex-diretores de Furnas comprarem apoio de congressistas e, com isso, assegurarem a sua permanência nos cargos, afirmou o ex-vice-presidente da empreiteira Henrique Valladares em sua delação premiada.

O pagamento de propinas a padrinhos políticos, segundo ele, impediu que os ex-dirigentes da estatal fossem substituídos por "infiltrados" sem compromisso com o esquema da empresa.

Conforme Valladares, a quantia foi colocada à disposição de Márcio Porto, ex-diretor de Construção de Furnas, e de Mário Márcio Hogar, ex-diretor de Engenharia.

Em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República, Valladares citou como possíveis beneficiários o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) - que por conta da menção é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) -, o ex-deputado Sandro Mabel (PR-GO), assessor informal do presidente Michel Temer, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado no mensalão e que atualmente preside seu partido.

O advogado de Raupp, Daniel Gerber, contestou "a falsidade das alegações que fazem contra" seu cliente. Valdemar Costa Neto disse, via assessoria, que não comentaria. A reportagem não localizou os outros citados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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