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Odebrecht controlaria pagamentos a Santana e Dirceu, diz PF

Nesta fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, foram apreendidas obras de arte, lanchas e diversos documentos

Marcelo Odebrecht: cinco dos alvos dessa nova fase da Operação Lava Jato estão no exterior, incluindo João Santana e a mulher Mônica (REUTERS/Enrique Castro-Mendivil)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 12h57.

São Paulo - Os investigadores da Operação Lava Jato acreditam que o empreiteiro Marcelo Odebrecht , preso desde junho de 2015, teria o controle sobre pagamentos feitos por meio de offshores ao publicitário João Santana, ao ex-ministro José Dirceu , também preso pela operação, além de funcionários públicos da Argentina.

Em coletiva concedida na manha desta segunda-feira, 22, a Polícia Federal disse que trabalha com a informação de que o marqueteiro das campanhas do PT, inclusive de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, comprou um apartamento em São Paulo com o dinheiro que recebeu da Odebrecht.

Nesta fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, foram apreendidas obras de arte, lanchas e diversos documentos.

Cinco dos alvos dessa nova fase da Operação Lava Jato estão no exterior, incluindo João Santana e a mulher Mônica.

A PF disse que havia uma previsão de o casal voltar ao Brasil neste sábado, 20, mas por algum motivo isso não ocorreu.

"Não dava para adiar a operação (porque alguns dos alvos estão no exterior). O nome deles deve entrar em difusão vermelha, de procura e captura no exterior, mas esperamos que eles se apresentem espontaneamente."

A assessoria da Polis, empresa de Santana, informou que dará detalhes no início da tarde sobre o retorno do casal.

Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, as buscas e apreensões de documentos realizadas hoje reforçam o que já havia sido descoberto.

Ele disse esperar que Moro levante o sigilo dos documentos para que possam ser de conhecimento público.

Santos Lima disse que a nova fase revela duas linhas de investigação: uma envolvendo o casal (João Santana e Mônica Moura) e outra envolvendo um grupo de funcionários da empreiteira Odebrecht no exterior.

Marcelo Odebrecht está sendo levado nesta manhã à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para prestar esclarecimentos sobre os fatos apurados nesta 23ª fase da Lava Jato.

Na coletiva, foi dito também que Armando Tripodi, ex-chefe de gabinete da presidência da Petrobras na gestão Sergio Gabrielli e gerente de Responsabilidade Social, foi um dos alvos de busca dessa nova fase da Lava Jato, batizada de Acarajé.

Campanha

Na coletiva, foi esclarecido que a Lava Jato não investiga especificamente campanhas eleitorais, mas a origem ilícita do dinheiro desviado da Petrobras e que poderia ter abastecido campanhas.

A Lava Jato pediu novamente a prisão de Marcelo Odebrecht, que está preso em Curitiba desde junho do ano passado, mas o juiz Sergio Moro, responsável pela condução dessa operação, indeferiu o pedido. O empreiteiro ficará sob custódia até a investigação ser concluída.

O procurador Santos Lima afirma que o engenheiro Zwi Skornicki está envolvido na corrupção da Petrobras e, por esse motivo, este é um claro indicativo de que os valores envolvidos tiveram origem na estatal petrolífera.

"Não estamos trabalhando com caixa 2 somente", disse o procurador.

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São Paulo - Os investigadores da Operação Lava Jato acreditam que o empreiteiro Marcelo Odebrecht , preso desde junho de 2015, teria o controle sobre pagamentos feitos por meio de offshores ao publicitário João Santana, ao ex-ministro José Dirceu , também preso pela operação, além de funcionários públicos da Argentina.

Em coletiva concedida na manha desta segunda-feira, 22, a Polícia Federal disse que trabalha com a informação de que o marqueteiro das campanhas do PT, inclusive de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, comprou um apartamento em São Paulo com o dinheiro que recebeu da Odebrecht.

Nesta fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, foram apreendidas obras de arte, lanchas e diversos documentos.

Cinco dos alvos dessa nova fase da Operação Lava Jato estão no exterior, incluindo João Santana e a mulher Mônica.

A PF disse que havia uma previsão de o casal voltar ao Brasil neste sábado, 20, mas por algum motivo isso não ocorreu.

"Não dava para adiar a operação (porque alguns dos alvos estão no exterior). O nome deles deve entrar em difusão vermelha, de procura e captura no exterior, mas esperamos que eles se apresentem espontaneamente."

A assessoria da Polis, empresa de Santana, informou que dará detalhes no início da tarde sobre o retorno do casal.

Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, as buscas e apreensões de documentos realizadas hoje reforçam o que já havia sido descoberto.

Ele disse esperar que Moro levante o sigilo dos documentos para que possam ser de conhecimento público.

Santos Lima disse que a nova fase revela duas linhas de investigação: uma envolvendo o casal (João Santana e Mônica Moura) e outra envolvendo um grupo de funcionários da empreiteira Odebrecht no exterior.

Marcelo Odebrecht está sendo levado nesta manhã à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para prestar esclarecimentos sobre os fatos apurados nesta 23ª fase da Lava Jato.

Na coletiva, foi dito também que Armando Tripodi, ex-chefe de gabinete da presidência da Petrobras na gestão Sergio Gabrielli e gerente de Responsabilidade Social, foi um dos alvos de busca dessa nova fase da Lava Jato, batizada de Acarajé.

Campanha

Na coletiva, foi esclarecido que a Lava Jato não investiga especificamente campanhas eleitorais, mas a origem ilícita do dinheiro desviado da Petrobras e que poderia ter abastecido campanhas.

A Lava Jato pediu novamente a prisão de Marcelo Odebrecht, que está preso em Curitiba desde junho do ano passado, mas o juiz Sergio Moro, responsável pela condução dessa operação, indeferiu o pedido. O empreiteiro ficará sob custódia até a investigação ser concluída.

O procurador Santos Lima afirma que o engenheiro Zwi Skornicki está envolvido na corrupção da Petrobras e, por esse motivo, este é um claro indicativo de que os valores envolvidos tiveram origem na estatal petrolífera.

"Não estamos trabalhando com caixa 2 somente", disse o procurador.

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