Brasil

O terreno do ministro; Justiça X Trump…

O terreno do ministro O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), comprou em 2014 metade de um terreno de 56 milhões de reais mesmo tendo apenas 1,8 milhão de reais em bens declarados, informa o jornal Folha de S.Paulo. Na época, Barros era secretário da Indústria e Comércio do Paraná. Em 2015, já deputado federal, […]

TWITTER EM BAIXA: com carência de anúncios e usuários, receita da empresa fechou abaixo do esperado  (Lucas Jackson/Reuters)

TWITTER EM BAIXA: com carência de anúncios e usuários, receita da empresa fechou abaixo do esperado (Lucas Jackson/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

O terreno do ministro

O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), comprou em 2014 metade de um terreno de 56 milhões de reais mesmo tendo apenas 1,8 milhão de reais em bens declarados, informa o jornal Folha de S.Paulo. Na época, Barros era secretário da Indústria e Comércio do Paraná. Em 2015, já deputado federal, ele apoiou a liberação de 450 milhões de reais para construir uma rodovia que passa a 3 quilômetros do terreno. Barros afirmou ao jornal que obteve empréstimos de 13 milhões de reais da empresa Paysage, parte no negócio, e que a ideia da obra apareceu três anos antes da compra do terreno.

Justiça vs. Trump

A justiça americana manteve nesta quinta-feira a suspensão do decreto de Donald Trump que veta a entrada nos Estados Unidos de refugiados e de cidadãos de sete países com população de maioria muçulmana. Trump afirmou que vai recorrer à Suprema Corte, e publicou no Twitter que “a segurança da nação está em risco”. É a maior derrota do governo desde que assumiu, em 20 de janeiro.

Pezão na parede

Segundo relatório da Polícia Federal, o nome do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), aparece em anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A informação é do jornal O Globo. As notas foram apreendidas nas diligências de busca e apreensão da Operação Calicute na casa de Bezerra e trazem indícios de dois repasses de propina ao peemedebista, um de 50.000 e outro de 140.000 reais. As pistas foram anexadas ao documento enviado à 7a Vara Federal Criminal do Rio, de onde serão encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça, pois Pezão tem foro privilegiado. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio aprovou a cassação da chapa Pezão-Dornelles por produção de material de campanha superfaturado na campanha de 2014.

_

Mais denúncias contra Maia

Atual presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) apresentou em julho de 2014 uma emenda que beneficiava aeroportos concedidos às privatizações, incluindo a OAS. A denúncia do jornal Folha de S. Paulo vem logo depois de a Polícia Federal apontar pedido de propina e doações eleitorais à empreiteira em troca de favores no Congresso. Então chefiada por Léo Pinheiro, a empresa faz parte do consórcio Invepar, que opera o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do Brasil. A emenda previa condições para “desenvolvimento da aviação regional”, mas acabou rejeitada. O presidente da Câmara afirma que as denúncias contra ele são “absurdas”.

_

Caos no Espírito Santo

Continua o pânico pela falta de policiamento no Espírito Santo. Prestes a completar uma semana de greve da Polícia Militar, o número de mortos no estado já passa de 100. O governo Temer anunciou o envio de mais 550 homens para reforço das Forças Armadas e outros 100 para a Força Nacional ao contingente de 1.200 agentes que fazem o policiamento. Mais uma vez, houve paralisação do sistema de transportes e de escolas em toda a Grande Vitória. Com a morte de um oficial, a Polícia Civil também entrou em greve ontem. O governador Paulo Hartung não se posicionou desde a coletiva nesta quarta-feira. “É um caminho errado que rasga a Constituição, é uma chantagem”, disse sobre a greve.

_

Depoimento de FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento nesta quinta-feira ao juiz federal Sergio Moro como parte das investigações da Operação Lava-Jato. FHC falou como testemunha de defesa do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. Entre outras perguntas, o tucano foi questionado sobre a formação de base eleitoral no Congresso durante seu governo, como procedia diante de suspeitas de corrupção, sua relação com Nestor Cerveró e como geria o acervo que acumulou na Presidência. Fernando Henrique disse que usou a participação do PMDB para montar maioria e aprovar reformas no Congresso, mas que desconhecia Cerveró e suas ações e relações. “O presidente da República não pode saber o que está acontecendo no conjunto de pessoas”, disse. Sobre os presentes, afirma ter dado destino para boa parte através de doações a instituições parceiras, como empreiteiras e bancos, formalizadas por contratos. “Nada, nada por fora, zero, não existe tal hipótese.”

Unidos contra a Odebrecht

O procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, virá a Brasília no dia 16 de fevereiro para discutir o caso de pagamento de propina da empreiteira Odebrecht na Colômbia. Na visita, Martínez se reunirá com o procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot. Nesta quinta-feira, o empresário colombiano Andrés Giraldo negou ter repassado 1 milhão de dólares em propina ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos — acusado de ter recebido dinheiro num esquema que garantia que a Odebrecht vencesse licitações. O escândalo da empreiteira na Colômbia também envolve o candidato da oposição, Óscar Iván Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe nas eleições de 2014. Procuradores dos Estados Unidos acusam a Odebrecht de ter pago centenas de milhões de dólares em propina para financiar projetos políticos em 12 países.

Conflito de interesses

Em uma entrevista à rede de TV Fox News, uma assessora de Donald Trump, Kellyanne Conway, convocou as pessoas a comprar produtos da marca de Ivanka Trump, filha do presidente americano. “Vão e comprem os produtos da Ivanka”, disse, após algumas lojas pararem de comercializar os produtos da marca por causa da campanha #GrabYourWallet (“Pegue sua carteira”, em inglês), que circulou nas redes sociais pressionando os consumidores a boicotar marcas e lojas associadas à família Trump. Na quarta-feira 8, Trump também foi ao Twitter defender a filha, citando nominalmente a rede varejista Nordstrom. “Minha filha foi tratada de forma tão injusta pela Nordstrom!”, escreveu ele. As ações da Nordstrom caíram 0,7% após a postagem.

Twitter em queda livre

Apesar de ter o amor de Donald Trump, a rede social Twitter continua com um ponto de interrogação no horizonte: as ações caíram mais de 12% nesta quinta-feira depois de a empresa apresentar o menor faturamento trimestral desde que abriu o capital na bolsa, em 2013. O faturamento cresceu apenas 1% no quarto trimestre do ano passado, fechando em 717,2 milhões de dólares, bem abaixo dos 740 milhões previstos. A companhia segue apresentando prejuízo, desta vez de 167,1 milhões de dólares, quase o dobro dos 90,24 milhões registrados no mesmo período de 2015. O principal problema do Twitter é a quase estagnação no número de usuários, que aumentou apenas 4%, chegando a 319 milhões — isso afasta os anunciantes, que preferem investir em concorrentes como Facebook e Instagram.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Ministério Público vai apurar acidente de avião em Ubatuba

'Presidente quer fazer eventuais mudanças ainda este mês', diz Rui Costa sobre reforma ministerial

Prefeito de BH, Fuad Noman volta a ser entubado após apresentar instabilidade respiratória

Lula edita MP que prevê pagamento de R$ 60 mil a pessoas com deficiência causada pelo zika vírus