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O que os brasileiros da geração Y querem da vida?

Uma pesquisa traça o perfil dos jovens de 18 a 34 anos. Conectados o tempo todo, eles querem menos luxo e famílias fora do padrão

O que querem os jovens de 18 a 34 anos? (Thinkstock)

Rita Azevedo

Publicado em 8 de novembro de 2015 às 05h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h27.

São Paulo – Conectados, sedentos por informação e pouco ambiciosos. Uma pesquisa lançada recentemente mostra o que pensam e o que querem os jovens brasileiros da chamada geração Y , que hoje estão na faixa dos 18 aos 34 anos.  Um breve resumo (porque o tempo para eles é precioso): ter uma família menor do que a dos seus pais, ganhar o suficiente para ter uma vida confortável e poder conhecer novas culturas. “Eles são mais imediatistas e pensam primeiro no ‘eu’, querem ter uma família, mas dizem que não há nada muito definido sobre isso”, diz Ilton Teitelbaum, coordenador do Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência, vinculado à Faculdade de Comunicação Social (FAMECOS) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), responsável pelo projeto.  A pesquisa, realizada entre 31 de março e 27 de abril deste ano, ouviu 1.500 jovens espalhados pelo país. Navegue pelas imagens e veja outras características dessa geração – e como eles mudam conforme a região.
  • 2. Eles querem uma família, mas ela não precisa se encaixar em padrões

    2 /7(Thinkstock)

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    Assim como seus pais e avós, os jovens de hoje querem constituir uma família. Hoje, no entanto, não interessa muito se ela é formada por um homem, uma mulher e filhos, por dois homens e filhos ou apenas por um casal.  “É uma questão mais funcional, como se fosse um jogo de blocos de montar. O jovem pode montá-la da forma como quiser, desde que seja bom para todos os indivíduos envolvidos”, explica Ilton Teitelbaum, da PUCRS.  A visão de família dessa geração, segundo o pesquisador, é muito prática. Para eles, as principais funções de um arranjo familiar são compartilhar problemas, realizar viagens, fazer ao menos uma refeição durante a semana e compartilhar despesas.  Com relação ao planejamento da família, 64% esperam ter um ou dois filhos ao longo de suas vidas. Para quase metade dos jovens, no entanto, não é preciso ter um parceiro fixo para tirar o plano do papel. A principal preocupação antes de ter uma criança é estar financeiramente estável.
  • 3. Eles acreditam em Deus, mas dispensam as instituições religiosas

    3 /7(Thinkstock/Divulgação)

  • O catolicismo é a crença com mais adeptos no Brasil, sendo a religião de 34,3% dos jovens de 18 a 34 anos. Há, no entanto, um forte movimento chamado pelos pesquisadores de “Fenômenos sem Religião”: são 32% dos jovens que se declaram como ateus, agnósticos ou se incluem na chamada “Fé sem religião”, a crença em uma entidade maior sem a presença de uma religião. No Nordeste há mais católicos, no Norte mais evangélicos e no Sul e no Sudeste mais ateus. Quando pensam em religião dentro de um núcleo familiar, os jovens acreditam que cada um deve ter a liberdade de ter uma filosofia própria. Apenas 12,5% dos entrevistados afirmaram que os membros de uma mesma família devem ter as mesmas crenças.

  • 4. Eles querem absorver culturas e viajar o mundo

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    Conhecer várias culturas viajando pelo mundo foi apontado por 72,9% dos jovens como o maior sonho de suas vidas. Em seguida vem uma boa formação na faculdade, seguido de ser capaz de ajudar os outros a mudar suas realidades de vida.  Esses objetivos variam conforme a região. No Norte e no Nordeste há mais pessoas que consideram ser um sonho/objetivo ter uma boa formação na faculdade. Uma explicação provável para isso, segundo os pesquisadores, é o fato destas regiões terem níveis educacionais e taxas de alfabetização abaixo dos níveis nacionais.
  • 5. Eles querem dinheiro, mas só o suficiente para “pequenos luxos”

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    Cerca de 43% dos jovens ambiciona ganhar o suficiente para ter “pequenos luxos”. Outros 43% esperam receber um valor que permita levar a vida de forma confortável. Menos de 10% deles esperam enriquecer.  Para Ilton Teitelbaum, da PUCRS, a ideia de ficar rico já não faz parte da rotina dos jovens. “Não é possível saber se isso é um reflexo de uma desilusão ou uma nova forma de encarar a vida. O fato é que a cultura dos jovens de hoje não é tão patrimonialista como foi a de seus pais”.  Nas regiões Sul e Sudeste, a maior tendência é o acúmulo de riquezas, enquanto nas demais regiões os jovens esperam ter o bastante para o conforto.
  • 6. Eles dependem muito da internet e saem pouco de casa

    6 /7(Fred Dufour/AFP)

    Acessar redes sociais, escutar música, buscar informações na internet, assistir TV e jogar games são as principais atividades da rotina da geração Y. Ligados à tecnologia, eles dependem da tríade internet, computador e celular – e preferem esses itens em comparação com outros como carro, telefone fixo, ar condicionado ou freezer.  As atividades por região são parecidas, mas no Sul e no Sudeste é maior o interesse por games e menor o interesse na busca por informação. No Sul e no Centro-Oeste há um grande interesse por festas. No Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte é maior o interesse por informações e televisão.
  • 7. Veja agora quais são as cidades dominadas por crianças

    7 /7(Divulgação/Prefeitura de Fortaleza)

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