Embraer: empresa aeronáutica foi criada pelo governo federal, em 1970 (Roosevelt Cassio/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 31 de julho de 2023 às 13h21.
Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 15h35.
O sistema financeiro mundial conheceu uma grande novidade em 1999: o euro, a moeda única que começou a circular entre os países membros da comunidade europeia, em janeiro daquele ano, e passou a disputar com o dólar o posto de moeda mais cara e cobiçada no mundo. No Brasil, começava o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e todas as nações viviam a expectativa do “bug do milênio”: uma suposta pane que atingiria os computadores em todo o planeta e que provocaria o caos mundial na virada do milênio.
Sistemas financeiros, empresas de energia, cadastros, arquivos, enfim, todo o mundo informatizado estaria comprometido com o tal bug, que tempos depois se tornaria uma lenda urbana, pois jamais ocorreu qualquer tipo de problema após o réveillon. O planeta continuou a girar e as máquinas e computadores permaneceram em funcionamento sem qualquer tipo de alteração.
A Embraer foi a grande vencedora do MELHORES E MAIORES de 1999. A empresa aeronáutica foi criada pelo governo federal, em 1970 para a fabricação do modelo Bandeirante e, desde então, tornou-se referência nacional e internacional no setor de fabricantes de aviões, ao lado de gigantes como a Airbus, Bombardier e Boeing. Após um período de turbulências financeiras que começaram nos anos 90, a empresa foi privatizada em 1994.
Começou então uma nova fase para a Embraer, que passou a fabricar bimotores a jato. O ERJ-145, com capacidade de até 50 passageiros e que levantou voo pela primeira vez em 1995 e fez um sucesso tão grande no mercado de aviação internacional, que demandava aeronaves menores para voos regionais, que incentivou a criação de outros modelos semelhantes na Embraer. O sucesso da família ERJ (Embraer Regional Jets) deu novo impulso à companhia, que novamente passou a voar em céu de brigadeiro nos anos seguintes.
O cinema brasileiro também brilhou naquele ano com “Central do Brasil”, vencedor do Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro. A atriz Fernanda Montenegro, protagonista do filme, foi indicada ao Oscar, mas não venceu.
Enquanto nos Estados Unidos o presidente Bill Clinton era absolvido de um processo de impeachment aberto após um escândalo sexual envolvendo uma estagiária da Casa Branca, na Rússia um desconhecido ex-agente da KGB, a temida polícia secreta soviética, assumia como primeiro-ministro do país: Vladimir Putin.