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'O Brasil sabe que sou inocente', diz José Dirceu

Julgamento do processo será retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira


	José Dirceu é apontado como chefe do esquema de compra de apoio político no Congresso e desvio de dinheiro público no governo Lula
 (Antonio Cruz/ABr)

José Dirceu é apontado como chefe do esquema de compra de apoio político no Congresso e desvio de dinheiro público no governo Lula (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2013 às 15h02.

São Paulo - O ex-ministro José Dirceu disse neste domingo, 10, após votar no Processo de Eleição Direta (PED) do PT, que o Brasil sabe de sua inocência no processo do mensalão.

Ele é apontado como chefe do esquema de compra de apoio político no Congresso e desvio de dinheiro público no governo Lula, que veio à tona em 2005. O ex-ministro foi condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha.

"O Brasil sabe que eu sou inocente e eu espero que o Supremo faça justiça", afirmou Dirceu à reportagem, depois de votar no diretório zonal do PT na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.

O julgamento do processo será retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira, 13. A Corte deve julgar os embargos de declaração de dez condenados por envolvimento no esquema. Se os recursos forem rejeitados pelos ministros, o STF pode determinar a execução imediata das penas de alguns dos réus.

Dirceu ainda endossou a petição apresentada pela defesa do ex-presidente José Genoino (PT) ao STF na última sexta-feira. Também no banco dos réus no caso do mensalão, Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.

"Assino embaixo as palavras do Genoino na defesa dele. Como ele disse: que se faça justiça inclusive com relação ao mérito. Nós fomos condenados no mérito, não é só uma questão de redução de pena. E sendo inocentes", disse o ex-ministro.

Na petição entregue ao STF, advogados de Genoino afirmaram que petista não merece ser tratado como "bandoleiro" e dizem que o deputado não aceita a condenação pelo STF e "brigará, hoje e até o fim de sua existência", por sua inocência.

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