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O anel de Cabral; Candidatos da Vale…

A sociedade do anel Fernando Cavendish,  dono da construtora Delta Engenharia, afirmou ao MInistério Público Federal que foi ele quem pagou, como forma de propina, por um anel dado pelo ex-governador do Rio de Janeiro a sua mulher. A joia, comprada em Mônaco, custou 800 mil reais. As informações são do jornal O Globo. O anel […]

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 06h22.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

A sociedade do anel

Fernando Cavendish,  dono da construtora Delta Engenharia, afirmou ao MInistério Público Federal que foi ele quem pagou, como forma de propina, por um anel dado pelo ex-governador do Rio de Janeiro a sua mulher. A joia, comprada em Mônaco, custou 800 mil reais. As informações são do jornal O Globo. O anel foi adquirido na loja Van Cleff & Arpels. Como prova, Cavendish teria o comprovante do cartão de crédito e uma imagem em que a mulher de Cabral aparece usando o anel. O dono da Delta negocia acordo de delação premiada para se livrar das acusações de corrupção na Operação Saqueador. Em seus primeiros depoimentos, o empresário indicou nomes de políticos que teriam recebido propina em troca de contratos em obras nos governos de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os citados, além de Cabral, estão o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e o governador de Goiás Marconi Perillo.

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Candidatos na Vale

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, seis nomes concorrem para substituir Murilo Ferreira na mineradora Vale. Entre os nomes, estão José Carlos Martins e Tito Martins, ambos com passagem pela empresa. O mandato do atual presidente vai até abril de 2017, mas Previ, Bradesco e Mitsui, acionistas da mineradora, continuam defendendo a permanência de Ferreira.

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Medo da delação

A prisão de Eduardo Cunha repercutiu no Congresso assim que foi anunciada. Para a oposição ao governo peemedebista, já se especula o possível impacto de uma eventual delação premiada que o ex-deputado possa fechar com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. Cunha é tido como figura central no esquema naquilo que toca seu partido. “Eu, sinceramente, espero que ele faça uma delação. Se ele fizer uma delação, esse governo de Michel Temer não se sustenta por um dia”, disse o senador petista Lindbergh Farias.

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Antigos aliados

Declarações semelhantes às de Lindbergh foram feitas por parlamentares da Câmara, como os deputados da Rede Alessandro Molon e Miro Teixeira, além dos representantes do PSOL Ivan Valente e Chico Alencar. Todos foram figuras centrais no processo de cassação de Cunha, que se deu há cerca de um mês. Antigos aliados silenciaram. Carlos Marun (PMDB-MS), que o defendeu até o último dia, disse que o fato lhe “entristece”.

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Juros: 14%

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa de juros do país para 14%, ante os 14,25% em vigor. “O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta para 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias”, informa o comunicado da decisão. Nele, o Copom destaca que o conjunto dos indicadores divulgados recentemente sugere que a atividade econômica do país ainda está abaixo do esperado e que, no âmbito externo, incertezas sobre o crescimento da economia global persistem. Apesar disso, o comunicado relata que a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado. Para que a redução dos juros continue, o Copom destaca dois fatores: que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica retomem a trajetória de desinflação e que o ritmo de aprovação dos ajustes econômicos contribuam para a convergência da inflação para a meta.

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Riscos para a inflação

O documento do Copom afirma ainda que o Comitê identificou riscos domésticos para a meta da inflação, de 4,5%. “O processo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia é longo e envolve incertezas”, diz o relatório. Além disso, o documento relata que há sinais de pausa no processo de desinflação dos componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, “o que pode sinalizar convergência mais lenta da inflação à meta”. Do lado positivo, o Copom afirma que o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida em suas projeções.

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Pesquisa ruim

Temer disse mais uma vez que sua prioridade é colocar as contas do país nos eixos, mesmo que isso signifique impopularidade. Sem surpresas então com a pesquisa CNT/MDA que mede sua aprovação, divulgada nesta quarta-feira. Houve alta da rejeição de seu desempenho pessoal como presidente, de 40,4% para 51,4%. Sua aprovação caiu de 33,8% para 31,7%. O governo é ótimo ou bom para apenas 14,6%, contra 36,7% de avaliações negativas. Regular ficou com 36,1% dos votos de entrevistados.

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Lula favorito

Em cenário de eleição em 2018, lidera a pesquisa o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em intenções de voto, tanto em resposta espontânea (11,4%) como estimulada (número depende do cenário proposto). No segundo turno, o petista seria superado por Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (Rede). O presidente Michel Temer aparece em quarto lugar na votação espontânea (3%).

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Ioiô da repatriação

Um telefonema de Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo de Temer, enterrou pela quinta vez uma possível inserção em pauta da lei de repatriação pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O governo está preocupado com uma eventual mudança na data para quem quiser aderir à repatriação, que poderia criar instabilidade na lei. Há resistência dentro da base aliada sobre a divisão dos valores que serão arrecadados e quanto será repassado aos estados, por exemplo, que precisam de socorro financeiro.

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MP do setor elétrico

O Senado aprovou nesta quarta a MP 735, que cria condições mais favoráveis às privatizações do setor elétrico. O projeto prevê redução da cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) sobre as contas de luz no Sul e Sudeste do país e abre caminho para a Eletrobrás privatizar suas distribuidoras. A gestão da CDE fica com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma entidade privada que prevê a redução da conta. Texto segue para a sanção de Michel Temer.

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