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Nuzman é elemento central em compra de votos da Rio-2016, diz MPF

Segundo procurador, "pelas circunstâncias, Nuzman fez a ligação entre o dinheiro e os votos que foram comprados"

Carlos Arthur Nuzman: a operação, batizada como 'Unfair Play', é realizada a partir da força-tarefa da Lava Jato no Rio (Ricardo Moraes/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 13h23.

Rio de Janeiro - O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, alvo de operação realizada nesta terça-feira no Rio de Janeiro, é apontado pelo Ministério Público Federal como figura fundamental no suposto esquema de compra de votos para o Rio de Janeiro ser eleito sede dos Jogos de 2016 .

"É inegável que Nuzman atuou de forma presente no convencimento a pessoas votarem no Rio de Janeiro. Ele se mostra como elemento central na ligação entre empresários e COI", afirmou a procuradora da República, Fabiana Schneider.

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Hoje foi desencadeada a operação batizada como 'Unfair Play', realizada a partir da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, que aponta para o pagamento de propina a dirigentes durante o processo de escolha com o objetivo de favorecer a candidatura da capital fluminense.

Uma dessas propinas foi paga ao senegalês Papa Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional, Lamine Diack.

"Pelas circunstâncias, Nuzman fez a ligação entre o dinheiro e os votos que foram comprados. Ainda estamos com isso sob investigação, elas não terminaram. Então, qualquer conclusão seria prematura", disse o procurador Eduardo El Hage.

De acordo com os detalhes já divulgados da operação, Arthur César Soares de Menezes Filho, empresário identificado no inquérito como "Rei Arthur" devido ao prestígio junto ao governo do estado do Rio, teria recebido a incumbência do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso, de pagar US$ 2 milhões (R$ 6,2 milhões) a Papa Diack.

Segundo o Ministério Público Federal, o pagamento do montante ao senegalês teria sido feito, de fachada, através da empresa Matlock Capital Group, pertencente a Arthur, que havia recebido transferência anterior de US$ 10,4 milhões (R$ 32,6 milhões) em conta bancária em paraíso fiscal em Antígua e Barbuda.

Na operação de hoje realizada no Rio de Janeiro, a ex-sócia do chamado "Rei Arthur" Eliane Pereira Cavalcante foi presa em casa, em apartamento localizado no bairro de Laranjeiras, na zona sul da capital fluminense.

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