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Número de foliões em Salvador foi 20% maior do que em 2017

O Carnaval da capital baiana mais uma vez ganhou visibilidade por sua diversidade cultural e também por suas dimensões

Salvador: a cidade foi a que registrou melhor ocupação entre as capitais do país, de 93%, em média (Prefeitura de Salvador/ República/Reprodução)

Salvador: a cidade foi a que registrou melhor ocupação entre as capitais do país, de 93%, em média (Prefeitura de Salvador/ República/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 18h20.

Blocos lotados, 186 trios desfilando sem cortas, 750 apresentações em todos os circuitos oficiais e dias inteiros de folia. O Carnaval da capital baiana mais uma vez ganhou visibilidade por sua diversidade cultural e também por suas dimensões. Cada dia de festa contou com a participação de dois milhões de foliões, segundo a Prefeitura de Salvador.

O número representa um acréscimo médio de 20% em relação ao público registrado no ano passado. No fim de semana, o aumento foi ainda mais expressivo, de 25%. Ao todo, foram 800 mil turistas nacionais e internacionais.

Ao todo, a prefeitura estima que a festa tenha movimentado cerca de R$ 1,7 bilhão. O setor hoteleiro foi um dos responsáveis por esse resultado.

De acordo com a Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), a cidade foi a que registrou melhor ocupação entre as capitais do país, de 93%, em média. Entre domingo (11) e segunda (12), o total de aluguel de leitos chegou ao ápice de 96%.

Ao todo, foram disponibilizados 40 mil leitos. "Somos o terceiro polo hoteleiro, só perdemos em número de quartos para São Paulo e Rio de Janeiro, mas em compensação temos a melhor ocupação hoteleira de todas as capitais do Brasil", comemorou o presidente da FeBHA, Sílvio Pessoa.

Em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (14), o prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto disse que a ampliação do número de atrações sem cordas, portanto, acessível à população em geral, embalou o público, especialmente na região de Campo Grande, no circuito intitulado Osmar.

O aumento de foliões e o recorde de ocupação da rede hoteleira foram destacados pelo prefeito como um sucesso.

ACM Neto associou os números à situação econômica. "No ano passado, tivemos uma festa em meio a uma crise, e nesse ano a crise começa a ser superada, o que motiva as pessoas a irem mais para as ruas, a consumirem mais, o que é bom para a nossa economia".

O balanço apresentado pela prefeitura aponta que os turistas estrangeiros gastaram, em média, R$ 3,5 mil, enquanto os nacionais gastaram cerca de R$ 4,9 mil. Já os baianos desembolsaram cerca de R$ 1,7 mil ao longo das festas.

O poder público comemorou, por outro lado, a redução nos índices de violência. Na coletiva, foi informado que a Guarda Civil contabilizou 477 atendimentos, o que representa uma redução de 45,6% aos 877 do ano passado.

Também caiu o número de atendimentos à saúde. Foram 4.953, 3,5% a menos do que em 2017. A maior parte dos casos ocorreu no circuito Barra/Ondina, 63% dos atendimentos, e Campo Grande, 33% dos atendimentos. Os principais problemas foram intoxicação alcoólica (488), agressões físicas (454), cefaleia (366) e dor em membros inferiores (365).

Na área social, houve esforços para combater o trabalho infantil e garantir a proteção de crianças e adolescentes. Centros de acolhimento de filhos de ambulantes e catadores de material reciclável receberam 373 crianças e jovens entre 0 e menores de 18, um aumento de 120 vagas em relação ao carnaval do ano passado, quando foram acolhidas 278 em 280 vagas nos quatro centros.

Dados parciais dos Conselheiros Tutelares divulgados pela prefeitura apontam a realização de 3.623 atendimentos, sendo 1.944 para crianças e 1.107 para adolescentes, dos quais 136 identificados em situação de trabalho infantil, 5 estavam perdidos, 12 foram vítimas de agressão e 125 precisaram ser encaminhados para acolhimento ou abrigamento.

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