Partido Novo, que teve João Amoedo como candidato à Presidência da República, comunicou nesta terça-feira (9) que não apoiará nenhum dos candidatos ao segundo turno (Facebook/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 9 de outubro de 2018 às 11h49.
Por meio de sua conta no Twitter o Partido Novo, que teve João Amoedo como candidato à Presidência da República, comunicou nesta terça-feira (9) que não apoiará nenhum dos candidatos ao segundo turno. Marcado para o dia 28 de outubro, o pleito será disputado por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Na postagem, a sigla avalia que obteve grandes conquistas e sai fortalecida dessas eleições. "No entanto, o cenário presidencial não é o que desejávamos. Manteremos nossa coerência e nossa contribuição à sociedade se dará através da atuação da nossa bancada eleita, alinha com nossos princípios e valores. Mesmo declarando neutralidade o partido faz questão de enfatizar que seus integrantes são 'absolutamente contrários ao PT' que dizem ter ideias e práticas opostas às defendidas pela legenda".
— NOVO 30 (@partidonovo30) October 9, 2018
O Novo elegeu oito deputados federais e está na briga pelo governo de Minas Gerais com Romeu Zema.
Outro partido que também declarou neutralidade foi o PP que, no primeiro turno, foi uma das siglas que avalizaram a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. Em uma carta longa, de três páginas, dirigida aos progressistas, o presidente do partido Ciro Nogueira (PI) diz que o eleitor claramente enviou um recado ao país: quer tomar sua decisão sem que qualquer outro aspecto, que não os candidatos, sejam levados em consideração como critério de escolha. "Isso significa que o eleitor quer o silêncio e o palco vazio de qualquer ruído ou informação que interfira na sua reflexão sobre qual candidato escolher", disse Nogueira.
Ao reafirmar o compromisso do partido com a democracia, estabilidade econômica, social e com as garantias fundamentais, o PP, que elegeu 37 deputados federais, cinco senadores e o governador do Acre, Gladson Cameli, afirma que está disposto a colaborar com o futuro governo "em todas as agendas coerentes e resolutivas que sejam capazes de enfrentar e encaminhar a solução para os grandes problemas que o país precisa solucionar".
A semana deve ser de definição de apoios aos dois candidatos que foram para o segundo turno. O PSB e o PSDB devem definir suas posições em reuniões marcadas para a tarde de hoje em Brasília.
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, declarou individualmente, no domingo, apoio a Jair Bolsonaro. A posição tucana, no entanto, ainda não foi definida.
Já o PSB, no primeiro turno, decidiu não se coligar nem apoiar formalmente nenhum presidenciável. A legenda, entretanto, vetou qualquer tipo de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), na ocasião avaliada pelo partido como uma "ameaça à democracia e aos direitos humanos".