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Nova opção de pedágio eletrônico tem atraso

Vovo serviço de cobrança eletrônica de pedágio, da Auto Expresso, está atrasado quase dois meses

Pórticos com câmeras que identificarão essas tags estarão espalhados em nove pontos da Rodovia Santos Dumont para detectar a passagem dos veículos (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2012 às 09h00.

São Paulo - Anunciado pelo governo do Estado em maio como estratégia para baixar preços, o novo serviço de cobrança eletrônica de pedágio está atrasado quase dois meses. Os produtos da Auto Expresso, que concorrem com o Sem Parar, já deveriam ser oferecidos aos motoristas que trafegam pelas rodovias sob concessão desde 1.º de setembro. As antenas para leitura de "tag" - dispositivo que registra a cobrança quando o veículo se aproxima da cancela - também já estão instaladas. Mas o único serviço ativo hoje em todo o Estado continua sendo o Sem Parar.

Apenas três concessionárias concordaram com o novo sistema, que é gerenciado pelo DBTrans. Já usam o Auto Expresso a CART, na região de Bauru, a SPMar, no Trecho Sul do Rodoanel, e a Rota das Bandeiras, na Rodovia Dom Pedro I. As outras concessionárias, segundo a DBTrans, solicitaram alterações do contrato.

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No total, o governo do Estado tem 19 estradas administradas sob o regime de concessão.

Parte das concessionárias que ainda não aceitaram adotar o novo sistema de pedágio eletrônico são ligadas ao Grupo STP, do Sem Parar. É o caso das responsáveis pelas Rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco e Raposo Tavares, do Grupo CCR, que também gerencia o Trecho Oeste do Rodoanel. Anchieta, Imigrantes, Ayrton Senna e Carvalho Pinto são da EcoRodovias. A STP informa, em seu site, que 38,25% de suas ações pertencem à CCR e 12,75%, à EcoRodovias.

Concorrência. Um dos argumentos usados pelo governo do Estado para abrir o mercado de pedágio eletrônico era o de estimular a concorrência. O Sem Parar, por exemplo, extinguiu a taxa de adesão que era cobrada antes da concessão ao Auto Expresso. Também foi criado um plano pré-pago. O Auto Expresso, quando começar a ser vendido, também terá um plano pré-pago.

O professor de Análise Econômica do Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cleveland Prates explica que a concorrência é benéfica para os usuários. "A empresa pode não ter incentivos para deixar que outras entrem no negócio, porque ela já cobra o preço de monopólio pelo serviço." Com concorrentes, o preço final para o consumidor pode baixar.

O consultor de viagens Rogério Marques, de 32 anos, usa o Sem Parar em seu carro cerca de 20 vezes por mês, entre pedágios e estacionamentos que aceitam o serviço. Ele diz que, se houvesse concorrência, cogitaria trocar de operadora. "Com certeza, pesquisaria e verificaria qual me traria mais benefícios."

Contratos. A Agência Reguladora dos Transportes de São Paulo (Artesp) informou que "identificou divergências no contrato oferecido pela DBTrans às outras concessionárias" e "vem tentando mediar soluções para que os contratos sejam assinados". A CCR disse que "as negociações para a implantação do sistema Auto Expresso" em suas rodovias "estão em andamento". A EcoRodovias afirmou que "não há qualquer tipo de conflito de interesses" e que já instalou as antenas e fez "ajustes".

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