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Nova Iguaçu e Japeri decretam emergência por chuvas

De acordo com a Defesa Civil estadual, durante quatro horas, choveu em Nova Iguaçu 64,5 milímetros, o equivalente a dez dias


	Nova Iguaçu: Inea informou que Nova Iguaçu já é beneficiada por conjunto de intervenções de recuperação ambiental e combate às enchentes, em andamento desde 2007
 (Gerson Tavares/Flickr)

Nova Iguaçu: Inea informou que Nova Iguaçu já é beneficiada por conjunto de intervenções de recuperação ambiental e combate às enchentes, em andamento desde 2007 (Gerson Tavares/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 18h34.

Rio de Janeiro – Os municípios de Japeri e Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense, decretaram hoje (10) estado de emergência devido aos estragos causados pelas fortes chuvas da última quinta-feira (5). De acordo com a Defesa Civil estadual, durante quatro horas, choveu em Nova Iguaçu 64,5 milímetros, o equivalente a dez dias.

Cerca de 100 famílias ficaram desalojadas e 23 desabrigadas em Nova Iguaçu. Uma mulher de 60 anos morreu soterrada, no bairro de Comendador Soares, um dos mais atingidos no município. Já em Japeri, duas famílias ficaram desabrigadas. No entanto, segundo a prefeitura, 17.771 pessoas foram afetadas de alguma forma pelas fortes chuvas.

Segundo o secretário da Defesa Civil de Nova Iguaçu, Luiz Antunes, o lento processo de dragagem do Rio Botas, o principal do município, acabou por causar estragos.

"O Rio Botas bebe a água dos afluentes e dos canais de toda a cidade e deságua na Baía de Guanabara. Quando chove muito, transborda, colocando para fora toda água recebida dos canais. Por conta disso, todos os bairros são inundados por essas águas. É responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente dragar esse rio. Já fizemos uma solicitação para que tomassem as devidas providências. Outro questionamento é que essa dragagem está demorando muito, sendo que já estamos na época de chuvas. Na verdade, esse processo deveria ter sido feito antes do verão, para evitar esses estragos", explicou Antunes.

Por meio de nota, o Inea informou que Nova Iguaçu já é beneficiada por um conjunto de intervenções de recuperação ambiental e combate às enchentes, em andamento desde 2007. No entanto, admitiu que o acúmulo de lixo nos canais e nos rios dificulta o trabalho do órgão.


"Nos períodos de chuvas intensas, as águas necessariamente extravasam das calhas dos rios, como aconteceu no Rio Botas. Entretanto, o volume das águas não tem ultrapassado as vias marginais. É necessário que as margens dos rios estejam desobstruídas para expansão dos leitos quando da ocorrência de tempestades. Essa vem sendo a principal meta do Projeto Iguaçu. O descarte inadequado de lixo, no entanto, ainda figura entre os principais problemas nas cidades", diz a nota.

De acordo com a Defesa Civil municipal, estão sendo feitas vistorias técnicas em Nova Iguaçu, a fim de avaliar a situação de algumas famílias desalojadas para definir se elas retornam às casas ou passarão a ser consideradas desabrigadas.

Já as famílias, de fato, desabrigadas estão sendo realocadas na sede da Defesa Civil. Sobre o aluguel social, a prefeitura de Nova Iguaçu informou que está cadastrando as vítimas e o valor foi definido em R$ 450, autorizado pelo prefeito Nelson Bournier.

Em Japeri, o prefeito Ivaldo Barbosa garantiu que as medidas necessárias estão sendo tomadas para reverter os danos causados pelos temporais. "Estamos avaliando os prejuízos causados pelas chuvas em nossa cidade, porém, de acordo com um levantamento extra-oficial da Defesa Civil, decidimos decretar estado de emergência em nossa cidade e algumas intervenções já estão em andamento”, disse.

De acordo com um levantamento da Defesa Civil, em cerca de duas horas, Japeri registrou um grande volume de chuva. Casas, estabelecimentos comerciais e vários pontos da cidade ficaram alagados.

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