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Nova etapa do julgamento do mensalão inclui réus políticos

No início da sessão, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, fez um pequeno balanço sobre o último item julgado pelos ministros

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia, durante julgamento da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 18h45.

Brasília – Começou há pouco no Supremo Tribunal Federal o julgamento da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão , a vigésima quarta sessão dedicada exclusivamente à ação. Os ministros da Suprema Corte começam hoje (17) a analisar se houve pagamento de propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio ao governo, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de onde veio o termo "mensalão" usado pela imprensa.

No início da sessão, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, fez um pequeno balanço sobre o último item julgado pelos ministros. Na ocasião, o tribunal condenou oito dos dez réus dos chamados núcleos financeiro e publicitário por lavagem de dinheiro.

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A etapa do julgamento que começa nesta segunda trata dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro entre os partidos da base aliada do governo, devido a fatos ocorridos de 2003 a 2004. O capítulo inclui 23 dos 37 réus de todo o processo e é a maior fatia do julgamento. O Ministério Público (MP) denunciou um esquema de compra de apoio de deputados do PP, PTB, PL (atual PR) e PMDB.

O ministro-relator da ação, Joaquim Barbosa, explicou que vai dividir seu voto por etapas, segundo os quatro tipos de crime desta fase. Ele começará pelo crime de corrupção passiva – dividido entre quatro partidos – e, depois, seguirá para as acusações de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção ativa.

De acordo com a acusação elaborada pelo MP, José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno “articularam, ofereceram e, posteriormente, pagaram vultosas quantias a diversos parlamentares federais, principalmente os dirigentes partidários”, para conseguir apoio político para votar projetos de interesse do governo, em especial, as reformas tributária e da Previdência em 2003.

Segundo a denúncia, foram distribuídos R$ 4,1 milhões ao PP, R$ 10,8 milhões ao PL, R$ 5,5 milhões ao PTB e R$ 200 mil ao PMDB. O MPF informa que o repasse das verbas era feito de diversas formas: por saques dos próprios parlamentares ou seus assessores no Banco Rural, com a ajuda de integrantes do grupo de Marcos Valério, ou por meio de empresas usadas para lavar o dinheiro.

Confira os réus que serão julgados nesta etapa e os crimes aos quais respondem no Capítulo 6:

RéuCrime pelo qual é julgado
José Dirceucorrupção ativa
José Genoínocorrupção ativa
Delúbio Soarescorrupção ativa
Marcos Valériocorrupção ativa
Ramon Hollerbachcorrupção ativa
Cristiano Pazcorrupção ativa
Rogério Tolentinocorrupção ativa
Simone Vascolceloscorrupção ativa
Geiza Diascorrupção ativa
Anderson Adautocorrupção ativa
Pedro Corrêacorrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Pedro Henrycorrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
João Cláudio Genucorrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Enivaldo Quadradolavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Breno Fischberglavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Valdemar Costa Netocorrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Jacinto Lamascorrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Antônio Lamaslavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Bispo Rodriguescorrupção passiva e lavagem de dinheiro
Roberto Jeffersoncorrupção passiva e lavagem de dinheiro
Emerson Palmiericorrupção passiva e lavagem de dinheiro
Romeu Queirozcorrupção passiva e lavagem de dinheiro
José Rodrigues Borbacorrupção passiva e lavagem de dinheiro
Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

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