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Marina Silva defende herdeira do Itaú de críticas

Maria Alice Setúbal recebeu críticas indiretas da presidente Dilma


	Marina: ela lembrou que Neca também participou na campanha do PT em 2012
 (Nacho Doce/Reuters)

Marina: ela lembrou que Neca também participou na campanha do PT em 2012 (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 23h35.

São Paulo - A candidata do PSB, Marina Silva, defendeu nesta quarta-feira sua aliada, Maria Alice Setúbal, a Neca, educadora e herdeira do banco Itaú, que recebeu críticas indiretas da presidente brasileira, Dilma Rousseff.

Após visitar uma entidade filantrópica na zona leste de São Paulo, Marina refutou os comentários de Dilma, que ontem disse em São Paulo que não era sua a candidatura que era apoiada por "banqueiros".

"Há uma visão autoritária da esquerda que se você estiver a serviço deles, você está ungido pelo manto de sua proteção. Se você tem outra escolha, aí é satanizado", disse Marina aos jornalistas.

A ambientalista lembrou que Neca, uma das coordenadoras de seu programa de governo, também participou na campanha do PT nas eleições municipais de 2012 e assessorou em matéria educativa o prefeito eleito em São Paulo, Fernando Haddad.

"A Neca ajudou no programa do Haddad e, naquele momento, era tratada como educadora", comentou a candidata do PSB.

Sobre os recursos provenientes do setor bancário para o financiamento de sua campanha, Marina afirmou que nas eleições de 2010 "quem recebeu a maior quantidade de doações e financiamento de campanha do Banco Itaú foi a própria Dilma".

Em 2013, Neca, por sua vez, doou R$ 1 milhão, que equivalem a 83% dos custos do Instituto Marina Silva, para um centro de estudos da candidata.

Em sua campanha de hoje em São Paulo, Marina reiterou sua defesa da autonomia do Banco Central, como um consenso adotado desde a implementação do Plano Real em meados dos anos 1990.

"A autonomia é controlar a inflação, adquirir credibilidade, preservar os empregos e evitar o que acontece hoje na Petrobras", que é alvo de escândalos de corrupção, opinou Marina, que acrescentou que os advogados de sua campanha analisam as medidas legais que poderão ser tomadas em relação às acusações e indiretas de Dilma.

A campanha do PSB entrou com dois processos na Justiça eleitoral devido a conteúdos exibidos nos programas do PT no horário gratuito na televisão.

Por outro lado, o candidato do PSDB, Aécio Neves, criticou o governo do PT durante uma entrevista no jornal "O Globo" e afirmou que Dilma "desmoralizou a reeleição".

No entanto, Aécio elogiou as políticas sociais dos governos Lula e FHC. 

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