Brasil

Como fica a campanha do PSB após morte de Campos

Com a morte de Eduardo Campos, a candidata à vice na chapa, Marina Silva, pode assumir o comando. Partido pode ainda escolher outro nome ou desistir de concorrer


	Eduardo Campos e Marina Silva: vice na chapa pode substituir candidato que faleceu
 (Antonio Cruz/ABr)

Eduardo Campos e Marina Silva: vice na chapa pode substituir candidato que faleceu (Antonio Cruz/ABr)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 10h47.

São Paulo - A trágica morte de Eduardo Campos, candidato à presidência da República pelo PSB, dará novos rumos à corrida eleitoral.

Campos estava a bordo de um avião executivo que caiu em Santos na manhã desta quarta-feita. Ele se dirigia a um ato de campanha no Guarujá, no litoral de São Paulo.

Para Aldo Fornazieri, cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o caminho natural é que a candidata à vice de Eduardo Campos, Marina Silva (PSB), assuma a cabeça da chapa na concorrência às eleições deste ano. 

"Ainda há tempo hábil para a substituição em caso de renúncia e a Marina é a pessoa mais conhecida, foi candidata nas últimas eleições e teve 20 milhões de votos. Não vejo outro nome que possa ser lançado que não o dela", disse. 

Marina está no PSB desde outubro do ano passado, quando não conseguiu registrar o seu novo partido, o Rede Sustentabilidade, antes do fim do prazo para que políticos interessados em disputar as eleições de 2014 se filiassem a alguma legenda.

De acordo com a resolução nº 23.405, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a substituição de candidatos pode ser requerida pelos partidos "até 20 dias antes do pleito, exceto no caso de falecimento, quando poderá ser solicitada mesmo após este prazo".

A única condição é que o pedido de registro seja feito "em até 10 dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição", ou seja: a indicação de um novo candidato à presidência pela coligação tem que ser feita nos próximos dez dias.

O substituto, diz o texto, pode ser filiado a qualquer partido integrante da chapa e, portanto, há a possibilidade de que outra pessoa seja indicada. A coligação Unidos para o Brasil reúne PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS.

Fornazieri acredita, entretanto, que caso o nome de Marina não seja indicado, a probabilidade é de que haja uma descontinuidade da campanha da coligação. 

"Nesse caso, o PSB faria um realinhamento com os candidatos já postos, mas a tendência mais provável é que Marina seja a substituta", disse. 

Nos próximos dias, o partido deve ser reunir para resolver a questão. "É preciso que haja posicionalmento tanto do PSB quando da própria Marina, e sabemos que, além de ela precisar viver o luto, as relações com o partido são tranquilas", disse o especialista. 

A decisão da coligação deve ser comunicada em breve, já que a propaganda eleitoral gratuita se inicia na próxima terça-feira (19). 

O senador Eduardo Suplicy (PT), disse no início desta tarde, durante o Exame Fórum Brasil 2020, em São Paulo, que também acredita que Marina seja a escolhida. "É natural que Marina Silva, vice da chapa do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, seja a nova candidata do partido”, afirmou. 

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoCelebridadesEduardo CamposEleiçõesEleições 2014GovernadoresMarina SilvaMortesPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ