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Norte-Sul interligará país e governo renovará Malha Paulista, diz ministro

De acordo com Tarcísio Freitas, infraestrutura quer mudar matriz do transporte brasileiro para que trens possam fazer trechos de longa distância

Ferrovia Norte-Sul: presidente participou de cerimônia de assinatura de contrato (Alan Santos/PR/Palácio do Planalto/Flickr)

Ferrovia Norte-Sul: presidente participou de cerimônia de assinatura de contrato (Alan Santos/PR/Palácio do Planalto/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2019 às 14h47.

Última atualização em 31 de julho de 2019 às 15h56.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta quarta-feira, 31, que o governo quer mudar a matriz do transporte brasileiro para que os trens possam fazer os trechos de longa distância. O ministro participou pela manhã da cerimônia de assinatura da concessão dos ramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis, Goiás.

Ele disse que a ferrovia é a "espinha dorsal" que vai interligar o País e que será importante para escoar a produção da região central do País. "Vamos fazer um choque de oferta e o frete ficará mais barato", comentou.

Freitas também afirmou que, em breve, o governo irá renovar a concessão da Malha Paulista, o que poderá gerar investimentos de R$ 7 bilhões.

O ministro participou da cerimônia ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, juntamente com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues Júnior.

A empresa Rumo Logística, maior operadora logística com base ferroviária independente do Brasil, fará a operação dos trechos. Ela venceu a disputa do trecho que vai de Porto Nacional (TO) até Estrela D'Oeste (SP) em leilão que foi realizado em 28 de março pela ANTT. A empresa ofereceu R$ 2,7 bilhões pela concessão e operará cerca de 1,5 mil km por 30 anos.

O presidente dos conselhos de administração da Cosan e da Rumo, Rubens Ometto, afirmou que a concessão ajudará na expansão da fronteira agrícola do País. Ele disse ainda que a ferrovia agradará também aos caminhoneiros, que poderão operar nas pontas da ferrovia. "Eles poderão dormir em casa todos os dias", disse.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que a Ferrovia Norte-Sul tem um "fator multiplicador imensurável". "Teremos a maior linha férrea capaz de democratizar a comercialização dos nossos produtos, não vamos mais ficar estrangulados", disse.

O trecho central vai de Porto Nacional a Anápolis, com extensão de 855 km, e o sul vai de Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D'Oeste, com extensão de 682 km. O tramo central está pronto e disponível para a operação do transporte comercial de cargas.

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