No Twitter, Dilma e Serra travam batalha sobre Aids
Twitter virou campo de batalha eleitoral neste domingo, com Dilma Rousseff e José Serra (PSDB) medindo forças no Dia Mundial de Combate À Aids
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2013 às 16h16.
Brasília - O microblogue Twitter virou campo de batalha eleitoral neste domingo, 1, com a presidente Dilma Rousseff e o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) medindo forças no Dia Mundial de Combate À Aids.
"Os governos petistas deram continuidade ao programa, mas perderam o pique", escreveu Serra, após dizer que foi o responsável pela adoção de um programa de prevenção e combate à doença que é "considerado o melhor nos países em desenvolvimento". Ele foi ministro da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2006).
"A queda na transmissão vertical desacelerou-se", afirmou Serra. O ex-governador de São Paulo se refere aos casos em que o vírus é transmitido das mães para os bebês, ainda durante a gestação. A redução desse tipo de contágio era uma das principais conquistas do programa.
As críticas chegaram ao ciberespaço por volta das 13h40. Serra escreveu no Twitter e forneceu um link para leitura de um artigo postado no Facebook ( http://on.fb.me/IyWLuw ).
A reação de Dilma veio também pela internet, 47 minutos depois. "Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data para reforçar a solidariedade com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids", escreveu Dilma. Em seguida, ela ressaltou o lançamento, pelo Ministério da Saúde, de campanha para disseminar os testes gratuitos. "Quem descobre o vírus da aids a tempo de se cuidar pode viver com mais qualidade."
"Nosso governo está avançando no protocolo p/ dar inicio ao tratamento logo seja confirmada a presença do vírus no organismo", tuitou Dilma. "Vários estudos demonstram que o uso precoce de antirretrovirais reduz em 96% a taxa de transmissão do HIV." A presidente termina dizendo que "com aids não se brinca" e diz que, em caso de dúvida, a pessoa deve fazer o teste.
Apontado como criador de um programa de ponta à época, Serra lamentou a perda de ímpeto do governo federal no combate e prevenção da doença. "Lembro-me que um receio antigo meu era que, com o progresso dos medicamentos, a aids fosse virando uma espécie de diabetes - a pessoa tem, toma remédio e toca a vida", afirmou.
No entanto, seria preciso manter a vigilância e promover a prevenção, "especialmente no caso das mulheres e dos jovens homossexuais", o que exigiria uma mobilização permanente. "O trabalho bem-sucedido do passado não pode ser tocado no piloto automático, sob risco de termos um retrocesso nessa área vital da saúde pública."
Serra ressalta que, na sua gestão à frente da Saúde, o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a oferecer o tratamento gratuito e universal. Assim, a ofensiva contra a doença não ficou limitada à prevenção, mas em todo o tratamento do portador do vírus, desde o fornecimento de remédios até apoio psicológico.
"Nossa política de produção de medicamentos e o enfrentamento da questão das patentes foram um sucesso, mexendo até com o mercado mundial desses produtos." O ex-ministro diz que o apoio das organizações não governamentais (ONGs) foi uma peça-chave para o programa. Disse também que a equipe que o acompanhou na Saúde era "excepcional".
Brasília - O microblogue Twitter virou campo de batalha eleitoral neste domingo, 1, com a presidente Dilma Rousseff e o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) medindo forças no Dia Mundial de Combate À Aids.
"Os governos petistas deram continuidade ao programa, mas perderam o pique", escreveu Serra, após dizer que foi o responsável pela adoção de um programa de prevenção e combate à doença que é "considerado o melhor nos países em desenvolvimento". Ele foi ministro da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2006).
"A queda na transmissão vertical desacelerou-se", afirmou Serra. O ex-governador de São Paulo se refere aos casos em que o vírus é transmitido das mães para os bebês, ainda durante a gestação. A redução desse tipo de contágio era uma das principais conquistas do programa.
As críticas chegaram ao ciberespaço por volta das 13h40. Serra escreveu no Twitter e forneceu um link para leitura de um artigo postado no Facebook ( http://on.fb.me/IyWLuw ).
A reação de Dilma veio também pela internet, 47 minutos depois. "Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data para reforçar a solidariedade com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids", escreveu Dilma. Em seguida, ela ressaltou o lançamento, pelo Ministério da Saúde, de campanha para disseminar os testes gratuitos. "Quem descobre o vírus da aids a tempo de se cuidar pode viver com mais qualidade."
"Nosso governo está avançando no protocolo p/ dar inicio ao tratamento logo seja confirmada a presença do vírus no organismo", tuitou Dilma. "Vários estudos demonstram que o uso precoce de antirretrovirais reduz em 96% a taxa de transmissão do HIV." A presidente termina dizendo que "com aids não se brinca" e diz que, em caso de dúvida, a pessoa deve fazer o teste.
Apontado como criador de um programa de ponta à época, Serra lamentou a perda de ímpeto do governo federal no combate e prevenção da doença. "Lembro-me que um receio antigo meu era que, com o progresso dos medicamentos, a aids fosse virando uma espécie de diabetes - a pessoa tem, toma remédio e toca a vida", afirmou.
No entanto, seria preciso manter a vigilância e promover a prevenção, "especialmente no caso das mulheres e dos jovens homossexuais", o que exigiria uma mobilização permanente. "O trabalho bem-sucedido do passado não pode ser tocado no piloto automático, sob risco de termos um retrocesso nessa área vital da saúde pública."
Serra ressalta que, na sua gestão à frente da Saúde, o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a oferecer o tratamento gratuito e universal. Assim, a ofensiva contra a doença não ficou limitada à prevenção, mas em todo o tratamento do portador do vírus, desde o fornecimento de remédios até apoio psicológico.
"Nossa política de produção de medicamentos e o enfrentamento da questão das patentes foram um sucesso, mexendo até com o mercado mundial desses produtos." O ex-ministro diz que o apoio das organizações não governamentais (ONGs) foi uma peça-chave para o programa. Disse também que a equipe que o acompanhou na Saúde era "excepcional".