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No rádio, Dilma associa rivais à ideia do risco

A petista fez ataques indiretos aos adversários, com críticas a candidaturas com "promessas vazias"


	Dilma: "neste domingo, não podemos correr o risco de trocar esse Brasil, que está dando certo, por projetos que o passado já provou que não nos servem"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: "neste domingo, não podemos correr o risco de trocar esse Brasil, que está dando certo, por projetos que o passado já provou que não nos servem" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 10h31.

São Paulo - No penúltimo programa eleitoral do rádio, na manhã desta quinta-feira, 2, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez ataques indiretos aos adversários, com críticas a candidaturas com "promessas vazias", associados ainda ao discurso do "risco do retrocesso".

Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) mantiveram o foco contra o atual governo, mas o tucano enfatizou seu desempenho nas últimas pesquisas de intenção de voto que apontaram a diminuição da vantagem da ex-ministra sobre ele.

Na estratégia de associar os rivais à ideia da insegurança e do risco, a campanha petista enumerou ações do governo, em especial nas áreas social e trabalhista. "Neste domingo, não podemos correr o risco de trocar esse Brasil, que está dando certo, por projetos que o passado já provou que não nos servem. Muito menos por promessas vazias", afirmou a presidente.

Com o maior tempo de propaganda (11min24s), o programa também criticou os adversários, destacando que Dilma diz o que vai fazer e como, "bem diferente de outros candidatos com promessas vazias".

"Alguns candidatos acham muito fácil falar. Falam uma coisa para um, falam uma coisa para outro...", disse a petista. O horário do PT repetiu ainda a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já apresentada em outras propagandas.

O programa de Marina retomou a cobrança ao programa de governo de Dilma, única candidata a não apresentar um plano detalhado durante a campanha, além da versão genérica apresentada à Justiça Eleitoral. "Faltam 3 dias para a eleição e a Dilma ainda não apresentou o seu plano de governo", diz um locutor.

Em seguida, a inserção repetiu um discurso recente e emocionado de Marina. "Eu sonhei um dia com coisa muito simples. Sonhei em deixar de ser analfabeta. Eu aprendi a dizer a verdade vivendo a verdade. Nós estamos no segundo turno, escrevam isso", disse a candidata.

Ao fim, o programa pede que os eleitores votem em Marina para a conhecerem melhor no segundo turno, quando os candidatos terão tempos iguais de rádio e televisão. No primeiro turno, Marina teve a menor fatia do horário eleitoral, com 2min3s.

O programa do PSDB deu destaque aos resultados recentes das pesquisas de intenção de voto e mencionou o levantamento do Datafolha, divulgado na terça-feira. "Aécio continua subindo e Marina continua caindo. Agora eles estão coladinhos", dizem os locutores.

"E no segundo turno, a distância da Dilma para Marina é a mesma de Dilma para Aécio. Passou o encanto", completam, referindo-se à comoção com a ex-ministra.

"Nós chegamos a este ponto porque esse governo que aí está faz sempre as coisas erradas. O PT se julga dono do Brasil e acha que pode fazer tudo o que quer. Quem tem as condições de encerrar esse ciclo do PT somos nós", afirmou Aécio.

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