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No País, 77% dos deficientes se sentem desrespeitados

Pesquisa também mostra que prédios públicos estão mais adaptados que os comerciais

Pesquisa aponta que cerca de 50% dos deficientes visuais gostariam de praticar esportes, mas não podem por falta de acesso (Bia Parreiras/EXAME)

Pesquisa aponta que cerca de 50% dos deficientes visuais gostariam de praticar esportes, mas não podem por falta de acesso (Bia Parreiras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 09h06.

São Paulo - Pessoas com deficiência não têm seus direitos respeitados no País. Essa é a opinião de 77% dos 1.165 portadores de deficiência entrevistados na pesquisa sobre a condição de vida dos deficientes no Brasil, feita pelo DataSenado, entre 28 de outubro e 17 de novembro. O estudo foi realizado com base no cadastro do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), com 10.273 registrados.

“As pessoas se sentem sem acesso aos serviços, desrespeitadas no seu direito de ir e vir, e o importante é que elas estão percebendo isso. O preconceito ficou tão natural, como quando um deficiente físico é carregado para entrar no ônibus que não tem elevador, que as pessoas não percebem como preconceito”, observou a superintendente do IBDD, Teresa Costa D’Amaral.

A pesquisa mostra que os prédios públicos estão mais adaptados (18% responderam que a maioria tem acesso) que os comerciais (12% de respostas favoráveis). Mas as ruas e calçadas são o grande entrave para a locomoção - para 87%, nenhuma ou poucas das ruas estão adaptadas em sua cidade. Quatro em cada dez entrevistados deixaram de ir a algum lugar porque a estrutura física não estava adaptada.

Essa falta de adaptação também compromete o lazer - 64% dos deficientes físicos e 51% dos visuais gostariam de praticar esportes, mas não podem por falta de acesso; 25% dos deficientes auditivos gostariam de ir ao teatro; e 23% dos deficientes visuais iriam ao cinema, se as salas fossem adaptadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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