No MS, Reinaldo Azambuja diz que PSDB precisa fazer "mea-culpa"
Além disso, governador afirmou que é preciso repensar o partido, inclusive diante do quadro nacional provocado pela "onda Bolsonaro"
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de outubro de 2018 às 16h26.
Campo Grande - Afirmando ter enfrentado medidas impopulares durante seu governo e ataques do adversário, o governador e candidato à reeleição ao governo de Mato Grosso do Sul , Reinaldo Azambuja (PSDB), votou nesta manhã na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, em Campo Grande (MS).
Acompanhado da esposa e de dois dos três filhos, o governador afirmou que ao contrário do que afirmou o juiz Odilon de Oliveira (PSD) durante a campanha, o Estado avançou em várias áreas e está crescendo, apesar da crise econômica.
"Os debates posicionaram o eleitor do conteúdo de cada uma das candidaturas e enquanto a tônica do adversário foi atacar que tudo estava ruim em Mato Grosso do Sul, nós mostramos os avanços e os desafios que ainda temos", pontuou.
Azambuja lembrou do arquivamento de processo que respondia no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto pagamento de propina para concessão de benefícios fiscais. O autor da denúncia, o empresário José Alberto Miri Berger, recuou da acusação dizendo que Azambuja não tinha nenhuma participação no esquema.
Sobre as medidas impopulares adotadas em seu governo, disse que "enfrentamos pautas impopulares, como a reforma da previdência, o limite de teto de gastos e redução da máquina administrativa. Mas enfrentamos esses desafios e avançamos em políticas públicas", disse. Sobre desafios futuros, caso reeleito, afirmou que vai "manter os avanços e aprimorar".
Azambuja diz que vai acompanhar a apuração em casa, com a família. Sobre o desempenho de seu partido nas eleições 2018, o governador disse que o PSDB precisa fazer um "mea-culpa" diante das acusações que envolveram ícones dos tucanos e das mudanças na mentalidade política dos brasileiros.
Além disso, afirmou que é preciso repensar o partido, inclusive diante do quadro nacional provocado pela "onda Bolsonaro". "O grande número de abstenções no primeiro turno, por exemplo, não seria porque o voto é obrigatório? Não seria a hora de pensar em voto facultativo?", questionou.