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No Enem, escolas privadas de SP têm nota 17% maior

Enquanto a média das privadas é de 571,17 pontos, as públicas paulistas, sem as técnicas, têm 487,9

Alunos se preparam para o Enem: no ranking das públicas estaduais, com 889 instituições, a primeira da rede convencional está apenas na 113.ª colocação (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 08h18.

São Paulo - Os dados do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) 2012 divulgados nesta terça-feira, 26, reafirmam discrepâncias históricas entre escolas públicas e privadas.

Na média, a nota nas disciplinas objetivas (Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas) das particulares paulistas é 17,1% mais alta do que o desempenho da rede estadual, se descontadas as notas das escolas técnicas.

Enquanto a média das privadas é de 571,17 pontos, as públicas paulistas, sem as técnicas, têm 487,9. No País, a diferença entre públicas e particulares sobe para 20,3%.

No Estado de São Paulo, pelo menos 165 escolas técnicas aparecem na lista e sobem a média da rede estadual para 501,27 pontos. No ranking das públicas estaduais, com 889 instituições, a primeira da rede convencional está apenas na 113.ª colocação: a Escola Estadual Coronel Marcos Ribeiro, no município de Fartura, a cerca de 360 km da capital.

Já no ranking de todo o Estado - com escolas das redes municipais, estadual e federal, além das privadas - a escola cai para a 1.233.ª posição, de 2.418 unidades.


A melhor entre as públicas paulistas é a Escola Técnica Estadual de São Paulo. Para o diretor da Escola Estadual Coronel Marcos Ribeiro, Luciano Soares Gabriel, a diferença entre o trabalho nas instituições públicas e nas particulares está nas demandas dos estudantes.

"Na rede privada, o principal é passar o conteúdo. Já nas públicas, temos de dar grande apoio aos alunos, do ponto de vista psicológico e social", afirma ele, que também leciona na rede privada.

De acordo com a professora da Faculdade de Educação da USP, Paula Louzano, a nota do colégio não indica a qualidade do ensino. "É injusto comparar escolas inseridas em contextos socioeconômicos desiguais", alerta. Para ela, o Ministério da Educação não deveria divulgar a nota por escola.

Também da Faculdade de Educação da USP, o professor Romualdo Portela concorda que a comparação é inadequada. "É natural que técnicas e federais tenham nota mais alta, por exemplo, porque fazem vestibulares que já selecionam os melhores estudantes", avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Os dados do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) 2012 divulgados nesta terça-feira, 26, reafirmam discrepâncias históricas entre escolas públicas e privadas.

Na média, a nota nas disciplinas objetivas (Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas) das particulares paulistas é 17,1% mais alta do que o desempenho da rede estadual, se descontadas as notas das escolas técnicas.

Enquanto a média das privadas é de 571,17 pontos, as públicas paulistas, sem as técnicas, têm 487,9. No País, a diferença entre públicas e particulares sobe para 20,3%.

No Estado de São Paulo, pelo menos 165 escolas técnicas aparecem na lista e sobem a média da rede estadual para 501,27 pontos. No ranking das públicas estaduais, com 889 instituições, a primeira da rede convencional está apenas na 113.ª colocação: a Escola Estadual Coronel Marcos Ribeiro, no município de Fartura, a cerca de 360 km da capital.

Já no ranking de todo o Estado - com escolas das redes municipais, estadual e federal, além das privadas - a escola cai para a 1.233.ª posição, de 2.418 unidades.


A melhor entre as públicas paulistas é a Escola Técnica Estadual de São Paulo. Para o diretor da Escola Estadual Coronel Marcos Ribeiro, Luciano Soares Gabriel, a diferença entre o trabalho nas instituições públicas e nas particulares está nas demandas dos estudantes.

"Na rede privada, o principal é passar o conteúdo. Já nas públicas, temos de dar grande apoio aos alunos, do ponto de vista psicológico e social", afirma ele, que também leciona na rede privada.

De acordo com a professora da Faculdade de Educação da USP, Paula Louzano, a nota do colégio não indica a qualidade do ensino. "É injusto comparar escolas inseridas em contextos socioeconômicos desiguais", alerta. Para ela, o Ministério da Educação não deveria divulgar a nota por escola.

Também da Faculdade de Educação da USP, o professor Romualdo Portela concorda que a comparação é inadequada. "É natural que técnicas e federais tenham nota mais alta, por exemplo, porque fazem vestibulares que já selecionam os melhores estudantes", avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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