No cenário atual, terá ano-novo na Paulista e carnaval, diz prefeito de SP
Em entrevista à EXAME, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a realização ainda depende da Saúde, mas que os números são otimistas
Gilson Garrett Jr
Publicado em 30 de outubro de 2021 às 12h37.
No último boletim divulgado pela prefeitura de São Paulo, na sexta-feira, 29, a cidade tem 100% da população imunizada contra a covid-19 com pelo menos a primeira dose, e 93,6% totalmente vacinada, sendo duas doses ou dose única. Há 197 pessoas internadas em leitos de UTI, com o coronavírus, número bem distante do pico, em abril deste ano, quando chegou a ter 500 novas internações por dia.
Neste contexto, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que não há elementos para barrar a festa de réveillon na Avenida Paulista ou o carnaval de 2022.
“A vacina mudou o contexto da pandemia na cidade de São Paulo e está salvando a economia. Dentro do quadro que temos hoje, não teria motivos para não ter o réveillon e o carnaval em São Paulo. Estamos caminhando a cada dia que passa para números mais confortáveis”, disse o prefeito em entrevista à EXAME.
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A prefeitura de São Paulo já começou os preparativos para a realização do carnaval de rua em 2022, mas a realização ainda depende da avaliação da Secretaria da Saúde e da Vigilância Sanitária. A previsão é ter mais de 500 blocos e uma movimentação de 15 milhões de pessoas. A venda de ingressos para o desfile das escolas de samba começou no último dia 20 de outubro.
Pela primeira vez, a cidade fez um modelo matemático para ter uma estimativa de público, baseado na quantidade de pessoas por metro quadrado. Isso ajuda a estabelecer uma série de regras e planejamento, que ainda estão em fase de definição. Há uma tendência para que tenha controle de acesso. O mesmo deve ocorrer com o réveillon na Avenida Paulista, que costuma reunir cerca de 2 milhões de pessoas.
Uso de máscara será definido no dia 10 de novembro
A prefeitura de São Paulo vai decidir no dia 10 de novembro se libera a obrigatoriedade do uso de máscara na cidade. Em entrevista à EXAME, o prefeito Ricardo Nunes disse que aguarda um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde para tomar a decisão.
“Os técnicos me deram o prazo de 10 de novembro. Daqui até lá vamos monitorar. O estudo é feito com 15.622 pessoas, é um volume bastante grande para nos dar assertividade na decisão. Pode ser que no dia 10 eles falem que a máscara continua ou não. O que eles me trouxerem, eu vou decidir, independentemente de popularidade. Não vou tomar atitude para agradar, mas para preservar as pessoas”, afirmou Nunes.