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Nível de água do Sistema Cantareira cai a 12,9%

Recuo no nível de água ocorre apesar da Sabesp ter ampliado programa de desconto


	Sistema de abastecimento de água da Cantareira: diretor econômico-financeiro da Sabesp, Rui Affonso, afirmou que a companhia estava se programando para "chegarmos até outubro sem racionamento"
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de abastecimento de água da Cantareira: diretor econômico-financeiro da Sabesp, Rui Affonso, afirmou que a companhia estava se programando para "chegarmos até outubro sem racionamento" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 11h41.

São Paulo - As represas que formam o mais importante conjunto de reservatórios de água que abastece a região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira, exibiam nível de 12,9 por cento da capacidade total nesta segunda-feira, segundo dados da companhia de saneamento e abastecimento estadual, Sabesp.

O Cantareira, que também abastece cidades do interior paulista, tem registrado nível baixo desde final do ano passado, diante de chuvas abaixo da média histórica desde meados do ano passado e temperaturas elevadas no início deste ano. Em março, o volume de chuvas foi ligeiramente superior a média pela primeira vez desde junho de 2013.

O recuo no nível de água ocorre apesar da Sabesp ter ampliado programa de desconto nas contas de água dos consumidores que reduzirem em 20 por cento o consumo de água em relação a média dos 12 meses anteriores, o que obrigou a empresa a rever investimentos e a fazer contingenciamentos de orçamento de 700 milhões de reais para este ano.

A média de chuvas no Cantareira em abril é bem menor que o nível histórico de março: 89,3 milímetros contra 184 milímetros do mês passado. A média cai em maio para 83,2 milímetros, recuando a 56 milímetros em junho, 49,9 milímetros em julho e 36,9 milímetros em agosto, tradicionais meses de pluviosidade reduzida.

Perguntado no final de março se a Sabesp já não deveria ter iniciado racionamento de água para a região metropolitana de São Paulo, o diretor econômico-financeiro da Sabesp, Rui Affonso, afirmou que a companhia estava se programando para "chegarmos até outubro sem racionamento".

"Quem fala em racionamento preventivo não tem ideia do que é racionar água para 10 milhões de habitantes. É uma operação de guerra. (...) A Sabesp tem dever de evitar isso para a população a qualquer custo", disse o executivo na ocasião.

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