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Nível baixo dos reservatórios leva 2ª hidrelétrica a parar

Nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, atingindo o volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia

Nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, atingindo o volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 07h43.

Rio de Janeiro - A Usina de Santa Branca, no Rio Paraíba do Sul em São Paulo , pertencente à Light , fornecedora do Rio de Janeiro , chegou ao nível do volume morto e parou de gerar eletricidade ontem (25), de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

É a segunda usina hidrelétrica integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) que parou de funcionar por falta d'água .

O nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, ou seja, está no chamado volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia.

De acordo com o boletim diário da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado hoje, o reservatório de Santa Branca apresenta entrada de 59 metros cúbicos de água por segundo e saída de 72. O volume morto corresponde a 29,89% da capacidade total de Santa Branca.

A Usina de Paraibuna, também no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, que pertence à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e parou na semana passada, está com -0,26 do volume útil, com entrada de 27 metros cúbicos de água por segundo de água e saída de 50.

Nesse caso, o volume morto representa 44,29% da capacidade do reservatório.

De acordo com o ONS, as duas usinas paradas são pequenas e “não têm uma geração representativa para a carga total do sistema”.

A capacidade instalada de Paraibuna é de 87 megawatts e de Santa Branca, 56,1 megawatts, enquanto a carga do sistema está na faixa de 70 mil megawatts médios por dia.

Como o sistema é interligado, a energia gerada em outro local é remanejada para suprir a falta causada por eventuais problemas.

O ONS informa que outros reservatórios estão no volume morto, mas as usinas continuam operando “a fio d'água”, de acordo com a topografia do terreno e o volume de água que está entrando. Porém, não há, por enquanto, previsão de que hidrelétricas parem de funcionar.

Apesar do baixo volume de água nos reservatórios, a ANA informa que “não tem nenhuma definição da área técnica sobre racionamento ou risco de desabastecimento” e que qualquer comunicado será publicado no site da agência reguladora.

O sistema de reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul está com 0,66% do volume útil total, somando Santa Branca, Paraibuna, Jaguari (1,72%) e Funil (3,75%).

De acordo com o diretor executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, estão sendo feitas análises semanais pelo Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por integrantes do ONS, da ANA e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

“Estamos ajustando a vazão objetiva de Santa Cecília [elevatória que fica após as usinas, onde é feita a transposição do Paraíba do Sul para o Guandu, sistema que fornece água para a região metropolitana do Rio de Janeiro] para vazões naturais, de forma que a gente consiga equacionar o que entra e o que sai [de água no reservatório] e estabilizar [o sistema de abastecimento de água] na condição que tem hoje, para esperar algum recebimento de precipitação”.

A próxima reunião do grupo será amanhã. Segundo Antunes, 2014 foi o ano mais seco no Sistema do Paraíba do Sul e é necessário que a população se adapte ao uso mais racional da água, apesar de dizer que, por enquanto, não há risco de desabastecimento.

“Esse ano está sendo o pior ano em relação aos anos anteriores, a gente estava sempre comparando com os piores períodos, 1955, 1968, de acordo com cada mês. E 2014 foi o pior de todos. O volume do rio está baixo, mas são duas coisas distintas, uma coisa é você não ter água e outra é o nível mais baixo, que são exatamente essas adaptações que a gente está fazendo e todo mundo vai se adaptando a essa nova realidade”.

Antunes explica que, segundo o IBGE, a agricultura consome cerca de 70% da água, a indústria 20% e o abastecimento fica em torno de 10%.

A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro divulgou nota em que afirma não haver mudanças operacionais no Sistema Guandu, “mesmo que os reservatórios do Paraibuna e Santa Branca tenham atingido suas reservas técnicas”.

Porém, de acordo com a nota, o secretário André Corrêa não descarta a adoção de medidas para “amenizar a crise provocada pela estiagem” e pede a “colaboração de todos no uso racional da água”, destacando que a prioridade do governo é o consumo humano.

O secretário e o presidente da Companhia Estadual de Abastecimento de Água (Cedae), Jorge Briard, reúnem-se esta semana com representantes de indústrias que captam água na Bacia do Guandu para avaliar o consumo de água de reuso pelas empresas.

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Rio de Janeiro - A Usina de Santa Branca, no Rio Paraíba do Sul em São Paulo , pertencente à Light , fornecedora do Rio de Janeiro , chegou ao nível do volume morto e parou de gerar eletricidade ontem (25), de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

É a segunda usina hidrelétrica integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) que parou de funcionar por falta d'água .

O nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, ou seja, está no chamado volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia.

De acordo com o boletim diário da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado hoje, o reservatório de Santa Branca apresenta entrada de 59 metros cúbicos de água por segundo e saída de 72. O volume morto corresponde a 29,89% da capacidade total de Santa Branca.

A Usina de Paraibuna, também no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, que pertence à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e parou na semana passada, está com -0,26 do volume útil, com entrada de 27 metros cúbicos de água por segundo de água e saída de 50.

Nesse caso, o volume morto representa 44,29% da capacidade do reservatório.

De acordo com o ONS, as duas usinas paradas são pequenas e “não têm uma geração representativa para a carga total do sistema”.

A capacidade instalada de Paraibuna é de 87 megawatts e de Santa Branca, 56,1 megawatts, enquanto a carga do sistema está na faixa de 70 mil megawatts médios por dia.

Como o sistema é interligado, a energia gerada em outro local é remanejada para suprir a falta causada por eventuais problemas.

O ONS informa que outros reservatórios estão no volume morto, mas as usinas continuam operando “a fio d'água”, de acordo com a topografia do terreno e o volume de água que está entrando. Porém, não há, por enquanto, previsão de que hidrelétricas parem de funcionar.

Apesar do baixo volume de água nos reservatórios, a ANA informa que “não tem nenhuma definição da área técnica sobre racionamento ou risco de desabastecimento” e que qualquer comunicado será publicado no site da agência reguladora.

O sistema de reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul está com 0,66% do volume útil total, somando Santa Branca, Paraibuna, Jaguari (1,72%) e Funil (3,75%).

De acordo com o diretor executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, estão sendo feitas análises semanais pelo Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por integrantes do ONS, da ANA e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

“Estamos ajustando a vazão objetiva de Santa Cecília [elevatória que fica após as usinas, onde é feita a transposição do Paraíba do Sul para o Guandu, sistema que fornece água para a região metropolitana do Rio de Janeiro] para vazões naturais, de forma que a gente consiga equacionar o que entra e o que sai [de água no reservatório] e estabilizar [o sistema de abastecimento de água] na condição que tem hoje, para esperar algum recebimento de precipitação”.

A próxima reunião do grupo será amanhã. Segundo Antunes, 2014 foi o ano mais seco no Sistema do Paraíba do Sul e é necessário que a população se adapte ao uso mais racional da água, apesar de dizer que, por enquanto, não há risco de desabastecimento.

“Esse ano está sendo o pior ano em relação aos anos anteriores, a gente estava sempre comparando com os piores períodos, 1955, 1968, de acordo com cada mês. E 2014 foi o pior de todos. O volume do rio está baixo, mas são duas coisas distintas, uma coisa é você não ter água e outra é o nível mais baixo, que são exatamente essas adaptações que a gente está fazendo e todo mundo vai se adaptando a essa nova realidade”.

Antunes explica que, segundo o IBGE, a agricultura consome cerca de 70% da água, a indústria 20% e o abastecimento fica em torno de 10%.

A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro divulgou nota em que afirma não haver mudanças operacionais no Sistema Guandu, “mesmo que os reservatórios do Paraibuna e Santa Branca tenham atingido suas reservas técnicas”.

Porém, de acordo com a nota, o secretário André Corrêa não descarta a adoção de medidas para “amenizar a crise provocada pela estiagem” e pede a “colaboração de todos no uso racional da água”, destacando que a prioridade do governo é o consumo humano.

O secretário e o presidente da Companhia Estadual de Abastecimento de Água (Cedae), Jorge Briard, reúnem-se esta semana com representantes de indústrias que captam água na Bacia do Guandu para avaliar o consumo de água de reuso pelas empresas.

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