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Nilton Fraiberg será secretário executivo interino do MTE

O nome foi anunciado pelo ministro Manoel Dias. De acordo com o ministro, a perspectiva é que o cargo seja ocupado definitivamente por alguém de perfil técnico

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 20h16.

Brasília - O subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Nilton Fraiberg Machado, vai ocupar interinamente o cargo de secretário executivo do MTE no lugar de Paulo Roberto Pinto, que pediu exoneração hoje (10).

O nome de Fraiberg foi anunciado pelo ministro Manoel Dias. De acordo com o ministro, a perspectiva é que o cargo seja ocupado definitivamente por alguém de perfil técnico.

"Eu entendi que precisava amadurecer um pouco mais, pois entendi que se tratava de um cargo importante" disse Dias, no final da tarde desta terça-feira, justificando a demora em aceitar o pedido de exoneração de Paulo Roberto Pinto.

Pinto é um dos investigados Pela Polícia Federal (PF) na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos. A operação levou à prisão 22 pessoas, 15 das quais em Minas Gerais. Segundo a PF, os danos ao erário chegam a R$ 400 milhões, em cinco anos.

As irregularidades envolviam organizações da sociedade civil de interesse público (Ocips) aptas a fazer parceria com o governo em programas de qualificação profissional, mas os serviços contratados ou eram superfaturados ou não eram feitos.

O principal alvo das investigações é o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), com sede em Minas Gerais. Parte do dinheiro recebido pela Oscip era dado a agentes públicos envolvidos na ação. As fraudes ocorriam em 11 estados – Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Amapá, Paraná, Roraima e Pernambuco – e no Distrito Federal.

Nessa segunda-feira (10), Paulo Roberto Pinto foi levado pela Polícia Federal para prestar depoimento e liberado em seguida. Segundo a PF, ele atuava para facilitar as atividades do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania no ministério. A entidade envolvida no esquema criminoso se valeu da justificativa de atuar em parceria com o Poder Público para obter lucros.

Em sua carta de demissão endereçada ao ministro Manoel Dias, Pinto disse que sempre agiu "de acordo com os princípios éticos e balizadores da moralidade pública" e que solicitou a exoneração para que possa "contribuir com a elucidação dos fatos" e provar a sua inocência "perante as instâncias institucionais competentes".

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